sábado, 19 de setembro de 2009

Interbrand revela marcas globais mais valiosas em 2009

Coca-Cola, avaliada em US$ 68 bi, vence mais uma vez. Google salta da décima para a sétima posição no ranking. Maiores quedas na 10ª edição do estudo estão no setor financeiro


A Coca-Cola é pela décima vez consecutiva a marca global mais valiosa no ranking que a Interbrand divulga nesta sexta-feira, 18. Estimada em mais de US$ 68 bilhões, a marca de refrigerantes mais famosa do mundo, venceu em todas as edições do estudo lançado em 2000.

A IBM, que havia ultrapassado a Microsoft no ano passado, manteve a segunda posição, com sua marca avaliada em US$ 60 bilhões. Em seguida está a empresa de Bill Gates, com US$ 56 bilhões. A G&E se manteve na quarta posição e a Nokia se mostra estável no quinto lugar.

A principal mudança no Top 10, que continua com as mesmas marcas presentes em 2008 apenas com trocas de posição, ficou por conta do McDonald's, que saltou da oitava para a sexta posição, passando Toyota e Intel, estas agora respectivamente nas oitava e nona posições.

O Google, a marca que mais se valorizou no cenário da crise, cresceu 25% passando da décima para a sétima posição avaliada agora em quase US$ 32 bilhões.

Mesmo com a relatividade estabilidade nas dez primeiras posições, a soma dos valores das 100 marcas valiosas ficou neste ano em US$ 1,21 trilhão, 4,6% a menos que a cifra alcançada em 2008. Apesar da baixa, Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand no Brasil, destaca que desde 2000 o valor das cem primeiras colocadas vem crescendo em média 5% ano menos.

O efeito iPod e iPhone ajudou a Apple a chegar pela primeira vez no time da 20 mais valiosas chegando a US$ 15,4 bilhões, 12% a mais do que no ano passado quando era a 24ª. Com US$ 7,8 bilhões, a Amazon teve a segunda melhor cifra de crescimento com 22% e figura pela primeira vez entre as 50 mais valiosas no 43º lugar - foi 62º em 2007 e 58º em 2008. A grife Zara também entrou nas 50 mais, crescendo 14%.

O setor financeiro, por sua vez, monopolizou as maiores quedas de valor de marca ao longo do último ano de crise. Os conglomerados financeiros UBS e Citi perderam praticamente metade do valor mensurado pela Interbrand no ano passado, com quedas de 50% e 49%, respectivamente.

American Express e Morgan Stanley também amargaram pesadas reduções nos valores de suas marcas com 32% e 26% de redução nos valores. Considerando todos os bancos avaliados no estudo, aqueles com ações em bolsa e atuação global (mais de um terço do faturamento fora do país de origem), o valor total de suas marcas recuou de US$ 130 bilhões em 2008 para US$ 78,8 bilhões neste ano, um tombo coletivo superior a US$ 50 bilhões (40%), conta Pinedo.

A lendária marca de motocicletas Harley Davidson, por sua vez, caiu 43% como um reflexo direto da redução do consumo de bens de luxo pela população norte-americana, seu principal mercado, um dos mais impactados pelos efeitos da crise que começou em setembro passado com a quebra do banco Lehman Brothers.

Todas as marcas da indústria automobilística, com exceção da Ferrari que manteve sua cifra, perderam valor nesta edição do ranking Interbrand. Aquelas que apostaram em inovação sofreram menos. "Houve um forte impacto sobre os fabricantes, que deixaram acumular nos pátios das montadoras o que se pode chamar de modelos ultrapassados. O consumidor agora quer carros menores e mais eficientes, movidos a bicombustível", explica o diretor da Interbrand.

Sete novas marcas ingressaram no ranking das 100 mais: Lâncome, Burger King, Adobe, Puma, Burberry, Polo Ralph Lauren e Campbell's. As que deixaram a lista foram AIG, ING, Merryl Lynch, Motorola, Hennessey, Marriot e Fedex.

Fonte: Meio&Mensagem