segunda-feira, 30 de agosto de 2010

“Mantive a postura de educador”


Aos 79 anos, Itamar Silva, um dos fundadores da Yázigi, conta como criou a primeira rede de franquias de ensino de idiomas do Brasil

Início – “Começamos a dar aulas de português para estrangeiros e de inglês para adultos em um apartamento no centro de São Paulo. Eram três sócios: César Yázigi ministrava as aulas, eu e o Fernando Silva cuidávamos da administração. A empresa nasceu disposta a dar ênfase à comunicação oral, o que nenhum dos concorrentes fazia na época.”

Divulgação – “No início da década de 50, fomos convidados pela TV Tupi para organizar um curso de idiomas diferente: eles entravam com a dramaturgia e nós com a pedagogia e o material impresso. Aceitamos o desafio. Foi um sucesso: chegamos a receber uma Kombi lotada de cartas solicitando o envio das apostilas gratuitas para o acompanhamento das aulas. A parceria durou até 1954 e tornou a marca muito conhecida.”

Pioneirismo – “A Yázigi foi a primeira franquia de idiomas no Brasil. Em 1954, fechamos uma licença para que uma escola de idiomas usasse nosso método de ensino. Em 1966, adotamos o sistema de professores associados, o embrião do modelo de franchising. Fomos pioneiros, também, na criação de um portal de ensino de inglês a distância no país, com programas de diferentes níveis, chats temáticos e suporte de professores on-line”.

Um tropeço – “Um dos objetivos da empresa era tornar a marca global, abrindo unidades nos EUA e na Inglaterra. A ideia era ensinar inglês aos imigrantes estrangeiros residentes naqueles países. A primeira escola foi aberta em 1991, na Flórida. Para solidificar a marca, a Yázigi se associou à rede English Language Study Centers. Quando as coisas estavam melhorando, veio o atentado de 11 de setembro de 2001. Os alunos sumiram. Ainda demoramos dois anos para encerrar a operação. Investimos muito dinheiro e não conseguimos recuperar o capital.”

Lição – “Sempre mantive a postura de educador. Acredito que investir em educação exige responsabilidade. É preciso prestar atenção na escolha da mão de obra, na eficiência dos cursos e na boa formação dos alunos. Não vejo o ensino de línguas como commodity.”

YÁZIGI INTERNEXUS

O QUE É: rede de franquias de ensino de idiomas criada em São Paulo, em 1950.
Tem 420 unidades, 200 mil alunos e 6 mil funcionários
O QUE OFERECE: cursos de inglês e espanhol presenciais, a distância,
intensivos e no exterior para crianças, jovens e adultos; agência de intercâmbio
FATURAMENTO 2010 (PROJETADO): R$ 235 milhões

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Por trás das estratégias de Marketing do Itaú

Marca brasileira mais valiosa desenvolve ferramenta de ROI

Pesquisas constantes, ouvir o consumidor, estratégia de relacionamento, segmentação e comunicação consistente fazem parte da receita que o Itaú lança mão para ser, além do maior banco privado do Brasil, a marca mais valiosa do país. Caso atuasse globalmente, o valor de R$ 20,651 bilhões colocaria o banco entre as 32 marcas mais valiosas do mundo. Para ser o número um, o Itaú conta com 300 pessoas trabalhando o Marketing e a gestão de clientes.

No comando está Fernando Chacon, Diretor de Marketing do Itaú. Em entrevista ao Mundo do Marketing, o executivo conta detalhes das estratégias do banco que vai desde a morte da marca Unibanco até uma novidade: o Itaú está trabalhando com uma ferramenta de Retorno sobre Investimento em Marketing que promete transformar a forma de atuação da instituição financeira quando o assunto é investimento em comunicação e em aquisição de clientes.

O grande diferencial do modelo desenvolvido em parceria com a Mckinsey vai além ao calcular o retorno de todo e qualquer investimento em Marketing, especialmente os gastos com publicidade e patrocínio, áreas onde a mensuração é complexa. “É um negócio muito poderoso, sofisticado e diferenciado que empresas de fora já estão querendo saber como estamos fazendo”, afirma.

Mundo do Marketing: O que vocês fazem para que a marca Itaú seja a mais valiosa do Brasil?
Fernando Chacon: Temos uma série de produtos e serviços financeiros que se não tivermos uma marca forte e robusta o consumidor simplesmente decide não investir. Por isso o peso da marca é muito importante. Fazemos isso com muita consistência. Desde ter uma presença forte junto ao consumidor com a cor laranja até a consistência da comunicação ao longo do tempo, com uma marca que existe desde os anos 1970. Ela sofreu evoluções importantes de modernidade ao longo deste tempo.

Mundo do Marketing: A questão de consistência na comunicação é importante. Para um banco, que é tradicional, manter a consistência significa não mudar muito. Isso ajuda?
Fernando Chacon: Não necessariamente. Você tem que ter uma plataforma de marca robusta. Tenho que saber qual é a visão da empresa, quais são os valores dela e como essas coisas se inter-relacionam com o atributo da marca. O banco tem uma expertise muito grande em fusões e aquisições. Ele é fruto de um grande volume de fusões e aquisições e por isso temos a robustez que temos hoje em termos de negócio. Ao longo de todo esse tempo, fomos incorporando atributos. No final da década de 1990 identificamos que aquele banco eletrônico que havíamos construído não era mais moderno, que estava ultrapassado.

Foi aí que criamos um ícone que o consumidor lembrar o quanto focávamos em canais eletrônicos na nossa relação. E aí criamos o i digital, que entrou para fazer uma relação do Itaú com a internet e hoje transcendeu isso. Quando vamos ao consumidor e perguntamos o que representa o gesto do i ele é inventividade, inclusão, proximidade e modernidade. Agora estamos incorporando o 30 horas porque vimos que tem aderência. Tudo é feito com pesquisa, é avaliado, é ponderado. Nada é feito sem ouvir a voz do cliente.

Mundo do Marketing: Como está sendo descontinuar uma marca que também é valiosa, como a do Unibanco?
Fernando Chacon: Por mais que pareça trivial pegar uma marca com alto nível de reconhecimento como a do Itaú, muito maior do que qualquer outra, e substituir por uma que também tinha, mas com um peso menor, não faríamos isso se não tivéssemos ouvido o consumidor. E o peso dos atributos da marca Itaú foi reconhecido como muito maior.

Mundo do Marketing: Depois disso, foi uma escolha fácil e obvia.
Fernando Chacon: Aparentemente sim. Mas na pratica não. Fizemos profundos testes junto aos nossos clientes, avaliamos o índice de rejeição das marcas perante diversos públicos, o que o Itaú representava para o cliente do Itaú, para o cliente Unibanco, para o não cliente, para os concorrentes, para o não bancarizado e o que o Unibanco representava para estes públicos também. O índice de rejeição de ambas as marcas era muito baixo e o nível de reconhecimento do peso e da força dos atributos da marca Itaú era sempre muito mais elevada que a do Unibanco. Também fizemos pesquisas com a marca fora do Brasil. Fomos à Argentina, onde as duas marcas têm operação, e ao México e aos Estados Unidos, onde nenhuma das duas marcas tem operação de varejo nem são reconhecidas e os atributos positivos do Itaú foram reforçados.

Mundo do Markeitng: As agências são importantes pontos de contato com o cliente. Tem diminuído o fluxo com a crescente utilização da internet?
Fernando Chacon: As agências têm uma importância cada vez maior na construção da nossa marca. Não tem diminuído, pelo contrário. Tem muita gente não bancarizada, as agências concretizam a solidez de uma instituição financeira e existe um papel que queremos desenvolver cada vez mais que é com relação a sustentabilidade. Por isso, estar próximo é muito importante. Temos um conjunto de atividades importantes, mas ainda tem um baixo nível de reconhecimento que estamos dando foco a partir de agora. Temos hoje mais de quatro mil agências e devemos abrir mais 180. Só este ano, reformamos e transformamos em Itaú, mil agências do Unibanco dentro de um novo modelo de agência e de atendimento. Em menos de dois anos teremos integrado todas as agências neste novo modelo.

Mundo do Marketing: Ainda existe um grande potencial de clientes que não tem conta em banco. Quais estratégias vocês estão desenvolvendo para conquistar mais fatia deste mercado?
Fernando Chacon: Somos um banco orientado para as Classes ABCD. Estamos desenvolvendo produtos e serviços que permitam que todas as classes tenham relacionamento com o banco. Temos uma verticalização de negócios que faz com que consigamos atuar em todas estas classes com muito foco. O banco é extremamente segmentado. Temos o negócio de agências que o foco é atrair um público qualificado, temos o negócio de cartão de crédito com as marcas Itaucard, Itaú Personalité e Hipercard, e somos a marca mais presente nas redes varejistas para prover crédito para as Classes C e D, além do público não bancarizado. Temos financiamento de veículos, de casa para baixa renda e média e escritórios de privite bank para atender a elite brasileira.

Mundo do Marketing: O Personalité também tem toda uma característica especial.
Fernando Chacon: É um dos cases mais bem sucedidos de uma submarca. Cada ano que passa ele vai se superando em diferenciação. Temos um programa de capacitação e treinamento de gerentes que é muito forte. Se de um lado no varejo fazemos ações massificadas, no Personalité nossa preocupação é ter uma relação um a um. A marca Itaú Personalité tem alto valor, alta percepção, uma força incrível de sedução junto ao consumidor e se diferenciou de todos do mesmo segmento, tanto que hoje estamos utilizando o Uniclass mais voltado para o varejo, que é quem briga com o Prime (do Bradesco) e o Premier (HSBC).

A crise global ajudou porque o Personalité brigava com o Citybank, e, com a perda de força dos bancos internacionais, o Personalité recebeu um volume de investimentos estratosférico, o que não se reverteu depois da crise, manteve. Ele é um pré-privite bank. Ele tem o melhor perfil de clientes do Brasil num segmento que tem cerca de 1,5 milhão de pessoas e o Personalité tem 650 mil destes clientes dentro de casa. Vamos abrir cerca de 40 agências do Personalité, o que vai aumentar a relação com essas pessoas e aumentar ainda mais este número.

Mundo do Marketing: Há uma régua de relacionamento com o cliente Personalité diferenciada. Pode citar algumas ações além da revista que vocês editam para eles?
Fernando Chacon: Há vantagens como receber uma série exclusiva da Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo, estacionamento gratuito e parcerias com marcas como Häagen-Dazs, que desenvolveu uma junção de sabores criando uma coisa exclusiva para os clientes Personalité. Não é fazer uma capa de celular que não é para todos, mas uma experiência exclusiva. Temos muita preocupação em buscar diferenciais para o Personalité. Dentro da equipe de Marketing existe um grupo específico para Personalité.

Mundo do Marketing: Com tantas operações, como é a gestão o dia a dia destas marcas?
Fernando Chacon: Temos uma equipe de 200 pessoas para cuidar do Marketing. Dentro desta equipe temos o Marketing Institucional para cuidar da gestão da marca, dos canais eletrônicos, como internet, compra e gestão de mídia, temos uma área de design que desenvolve desde os cartões até os móveis das agências. Tem ainda uma Diretoria de Marketing de Negócio que cuida de Itaucard, vendo desde o ciclo de vida do cliente, até a comunicação. Hipercard também tem uma célula. Pessoa física, jurídica, crédito imobiliário, financiamento de veículos, privite bank, patrocínios, tudo tem uma equipe especializada. Além destas 200 pessoas que fazem Marketing, temos mais 100 que fazem pesquisa, que acompanham o banco e os nossos concorrentes, e que fazem CRM.

Mundo do Marketing: Você falou que tem o desafio de mostrar melhor a questão sustentável e da cultura do banco. Por que e como isto está sendo feito?
Fernando Chacon: Queremos fazer com que no ponto-de-venda tenha repercussão no conjunto de atividades que desenvolvemos que impacta a comunidade. Temos oportunidade de mostrar a nossa preocupação com a sustentabilidade da nossa operação, da relação que temos com a comunidade e as atividades culturais e sociais que fazemos para gerar benefício à comunidade.

Mundo do Marketing: A área cultural do Itaú tem várias ações que vocês estão revendo para poder dar uma cara única. Como está sendo feito isso?
Fernando Chacon: O envelopamento pode mudar, mas a atitude não. Ela é de longo prazo, é honesta e autentica. Vamos trazer isso para perto da estratégia do banco. Temos uma série de atividades que não estão ligadas ao Instituto Itaú Cultural como o patrocínio ao Festival de Teatro de Curitiba, que quando somadas ganham corpo. Estamos tentando criar uma imagem única da nossa relação com a arte, cultura e sociais. A ideia é trazer tudo isso para uma plataforma única. Estamos no caminho para isso.

Mundo do Marketing: O que vocês estão pensando para a Copa de 2014, uma vez que são um dos principais patrocinadores da Seleção e da Fifa aqui no Brasil?
Fernando Chacon: Estamos fazendo o planejamento das ações este ano. Estamos analisando profundamente todas as propriedades que temos, como todos os nossos produtos e serviços se relacionamento com estas propriedades e quais são as oportunidades. Temos várias coisas em mente, mas que ainda não podemos falar.

Mundo do Marketing: Qual é o seu grande desafio hoje a frente do Marketing da marca mais valiosa do Brasil?
Fernando Chacon: Estamos atuando no planejamento de 2011 já de forma bem estruturada. O nosso grande desafio é fazer todos os negócios do banco crescer, garantindo identidade para cada um deles e que construam valor para a marca mãe. Outra coisa muito importante é que estamos terminando uma ferramenta de Marketing ROI para calcular o retorno de investimento para cada centavo investido em Marketing, quer seja ele em mídia, quer seja em patrocínio. É um negócio muito poderoso, sofisticado e diferenciado que empresas de fora já estão querendo saber como estamos fazendo.

Mundo do Marketing: Isso é essencial porque o Marketing está precisando muito disso.
Fernando Chacon: Essa área analítica do Marketing é muito importante e tem um peso muito grande não só para o desenvolvimento do retorno sobre o investimento, mas para a visão do cliente dentro de um conglomerado. Qual é o melhor cliente para fazer a melhor oferta, qual é o melhor canal e aí por diante. Fazemos isso há bastante tempo, mas a centralização dentro do Marketing é um pouco mais recente. Hoje já tenho importantes indicadores mostrando como está o meu custo por encontrar mil pessoas no target x e no veiculo y. Isso vai definir o futuro do Marketing.

Fonte: Mundo do Marketing

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Poder de consumo da classe D já supera o da B

Em 2010, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão

Pela primeira vez neste ano, a massa de renda das famílias da classe D vai ultrapassar a da classe B, apontam cálculos do instituto de pesquisas Data Popular. Em 2010, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão. Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200. O maior potencial de compras, no entanto, continua no bolso da classe C: R$ 427,6 bilhões.

"Mas é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em termos de consumo", afirma o sócio diretor do Data Popular e responsável pelos cálculos, Renato Meirelles. Ele considerou nos cálculos a expectativa de 7% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

De oito categorias de produtos avaliados pelo instituto de pesquisas, em quatro delas o potencial de consumo da classe D supera o da B para este ano. São elas: alimentação dentro do lar (R$ 68,2 bilhões), vestuário e acessórios (R$ 12,7 bilhões), móveis, eletrodomésticos e eletrônicos para o lar (R$ 16,3 bilhões) e remédios (R$ 9,9 bilhões).

Em artigos de higiene, cuidados pessoais e limpeza do lar, os potenciais de consumo das classes D e B são idênticos (R$ 11 bilhões). Os gastos da classe B são maiores que os da D em itens diferenciados: a alimentação fora do lar, lazer, cultura e viagens e despesas com veículo próprio. A dança das cadeiras das classes sociais no ranking do potencial de consumo reflete, segundo Meirelles, as condições favoráveis da macroeconomia para as camadas de menor renda. Isto é, o aumento do salário mínimo, os benefícios sociais, como o Bolsa Família, e a geração de empregos formais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Onde abrir lojas no Estado de São Paulo

No maior mercado consumidor do País, supermercados é o que não faltam para servir a população. As principais cidades estão tomadas pelas grandes redes e por empresas locais. Diante disso, é possível falar em expansão no Estado de São Paulo? Segundo os especialistas, sim. Só que a decisão de abrir lojas precisa ser mais cirúrgica. Identificar bons pontos passa por encontrar microrregiões com bom potencial dentro dos municípios.

O tema foi discutido na reportagem de capa da revista Supermercado Moderno de julho, que apontou os Estados com maiores oportunidades de expansão para o autosserviço.

Embora a tarefa de identificar bons pontos num mercado gigantesco como São Paulo não seja fácil, também não é impossível. Para se ter uma ideia, oGrupo Pão de Açúcar abriu 11 lojas no primeiro trimestre deste ano. Desse total, nove foram na capital paulista, todas com a bandeira Extra Fácil. Ou seja, estabelecimentos pequenos inseridos em bairros com alto volume de moradores e destinados principalmente à compra de reposição.

Já o Carrefour optou por comprar 10 lojas da antiga rede Gimenes, no interior de São Paulo. Apesar de não ter sido orgânico, o crescimento demonstra a importância de cidades como Ribeirão Preto, onde ficam quatro dessas unidades. O município está entre os que mais elevaram seu potencial de consumo de bens e serviços neste ano no Estado, segundo dados da consultoria IPC Marketing. No ranking das cidades com maior capacidade de compras do País, Ribeirão saiu da 28ª posição em 2009 para a 21ª neste ano. “Em 2010, observamos uma retomada das cidades maiores, enquanto no ano passado destacavam-se as de menor porte”, afirma Marcos Pazzini, diretor da consultoria IPC Marketing.

Crescimento populacional
Outro indicador para descobrir regiões com bom potencial para abertura de lojas em uma cidade como São Paulo é o crescimento populacional. Levantamento feito pela consultoria Cognatis neste ano aponta que seis regiões da capital deverão aumentar em 40 mil o número total de habitantes até 2013.

Entre esses bairros estão a Barra Funda, na zona oeste (alta de 60%); Vila Andrade, na zona Sul (23%); Vila Leopoldina, na zona oeste (22%); e Tatuapé, na zona leste (21%). “Esse aumento estará concentrado nas áreas próximas aos lançamentos imobiliários”, explica Reinaldo Gregori, diretor geral da Cognatis.

As áreas próximas às obras para ampliação de transporte urbano, como estações de metrô, também devem ser analisadas. Elas atraem grande fluxo de pessoas que podem aproveitar para fazer suas compras se tiverem alternativas de supermercados no local.

Fonte: Supermercado Moderno

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Companhia aérea Azul começa a vender passagens em 32 supermercados

A venda é feita em cyberoffices (escritório virtual) da YesNet instalados em lojas da capital paulista, Campinas, algumas regiões do ABC, Vale do Paraíba e Baixada Santista. Segundo a Azul, os clientes que comprarem as passagens nos supermercados terão as mesmas condições de pagamento oferecidas pelo website da empresa.

A novidade visa atingir a classe C. Segundo o instituto
Data Popular, 8,7 milhões de brasileiros das classes C e D pretendem viajar de avião pela primeira vez nos próximos 12 meses. Mas não foi apenas a Azul que iniciou está aproximação. Na semana passada, a TAM fechou parceria com as Casas Bahia para comercializar suas passagens nas lojas da rede.

Fonte: Supermercado Moderno

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mulheres no auge do período fértil compram roupas mais sexy, revela estudo de universidade americana


Você, mulher, já comprou alguma roupa da qual se arrependeu depois por ser ousada demais? Sexy demais? Decotada, justa, “cheguei”, tudo demais? Chegou em casa, experimentou o vestido, a calça, o biquíni, olhou-se no espelho e se perguntou: … onde eu estava com a cabeça quando achei isso sensual?

Bem, agora você vai saber que existe um motivo científico para esse atrevimento que custa caro. Provavelmente, você comprou aquela roupa porque seus hormônios estão em alta.

Segundo um novo estudo, publicado no Journal of Consumer Research – que estuda hábitos de consumidores e sua motivação subconsciente –, mulheres no pico do período fértil tendem mais a comprar roupas reveladoras para atrair o sexo oposto. Perto de ovular, mulheres se sentiriam mais propensas a parecer sexy. Pensando bem, faz sentido.

Quando vemos os rituais de sedução e acasalamento de animais, fica claro como eles se pavoneiam, exibem suas cores e o melhor deles, sempre para conquistar.

Minha dúvida é se roupas tão ousadas são sempre um atrativo que funciona. Talvez funcionem com o homem errado. Ou seja. Péssimo, não? A mulher se sente excitada, os hormônios clamam, ela gasta dinheiro, compra roupas chamativas, e quem chove na sua horta é exatamente o homem que não tem nada a ver. Ou ainda – o resultado é tão “over” e inadequado que, em vez de seduzir, ela afasta os homens.

A autora do estudo, Kristina Durante, da Universidade de Minnesota, afirma que, ao comprar no auge de seu período fértil uma roupa bem sensual, “uma mulher é levada pelo desejo de vencer a disputa com as rivais em potencial”. Assim, ao experimentar os vestidos “cheguei” nas lojas, elas buscam nas outras – especialmente nas amigas, nas colegas de trabalho ou nas vizinhas – aquele olhar de aprovação que confirma seu visual de poderosa. As mulheres pesquisadas tinham entre 18 e 27 anos.

É um pouco aquela sensação de “é hoje…” (precisa ser hoje) que, segundo o estudo americano, influencia muitas mulheres a escolher uma minissaia em vez de uma saia comprida, uma blusa com decote em vez de uma camisa masculina ou abotoada até o pescoço, uma calça mais justinha que saliente as curvas em vez de uma largona.

Fico pensando se as mulheres se arrependem das roupas chamativas quando passa o pico do período fértil – e as jogam no fundo da gaveta, ou esperam o novo ciclo para ressuscitá-las. Mas tem também as que parecem estar sempre ovulando, não é?

Roupas reveladoras em demasia só são sensuais em alguns tipos de mulher. Não necessariamente as magras ou gostosas. Não exatamente as que estão em período fértil. Simplesmente há mulheres cujo biotipo é valorizado por um figurino mais sexy. Ficam bem apenas as que se sentem confortáveis assim. No fundo, acho que só é possível ser sensual com naturalidade, sem esforço ou exagero. Tanto homem quanto mulher.

Respeitados os limites entre a ousadia e a vulgaridade, entre a elegância e a cafonice, a roupa pode sim fazer com que uma mulher se sinta atraente. E não pelo que mostra, mas pelo que insinua. Ou até, frequentemente, pelo que a roupa esconde.

Isso já aconteceu com você? Comprar uma roupa pensando em conquistar um amigo ou um desconhecido…e sair “vestida para matar”, conscientemente? (Nessas horas, minha lembrança inevitável é a hilariante Bridget Jones….). Era por causa dos hormônios? Deu certo?

Fonte: Época (Ruth de Aquino)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Empresas tem até fim do mês para implantarem novo relógio ponto

Renata Loures
Canção Nova Notícias

As empresas brasileiras tem até o fim do mês para implantarem o novo sistema de registro de ponto dos funcionários.

Mesmo com críticas e contestações das empresas, o prazo para a substituição do antigo relógio de ponto pelo eletrônico, continua sendo dia 26 de agosto. A norma determina que todas as empresas com mais de dez funcionários - que usam o relógio-, devem marcar entrada e saída dos empregados com os novos aparelhos.

O advogado trabalhista, Joel Colaço de Azevedo, explica que o novo sistema "estipula uma série de exigências, dentre elas que o relógio de ponto emita comprovante toda vez que for acionado".

Além de emitir comprovante do horário de entrada e saída do funcionário na empresa, o novo aparelho também pode servir como comprovante para os fiscais do trabalho e da própria empresa.

O diretor técnico da revendedora do ponto eletrônico, João Ricardo Bender, explica que "o relógio tem a emissão diária de marcações, com a emissão das marcações efetuadas nas últimas 24 horas”.

Por enquanto, os fiscais farão um trabalho de orientação. As multas para quem não tiver o novo relógio só serão cobradas a partir de 30 dias após a primeira visita da fiscalização do trabalho. Os empregados, aprovaram a medida.

Se para os funcionários a medida está sendo recebida com ânimo, para as empresas e grupos ambientalistas, nem tanto. É que o consumo de papel gerado pelos novos pontos eletrônicos vai ser grande. Uma empresa de pequeno porte, com cem funcionários, por exemplo, vai emitir 200 comprovantes, o que gira em torno de 450 metros de papel todo mês.

Além da manutenção, o próprio equipamento custa em média 3600 reais. O valor é considerado alto pelos empregadores. Eles também reclamam da dificuldade em adaptar os relógios no prazo estabelecido.

Para o advogado, a medida beneficiará empregado e empregador, desde que as normas sejam obedecidas na prática.

Entrevista na TV Canção Nova sobre o Relógio de Ponto


Assista a entrevista que dei na TV Canção Nova sobre a implantação do Relógio de Ponto Eletrônico.

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=277300

O poema de Fernando Pessoa que Cleo Pires tatuou para a capa da Playboy

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Felipe Massa vive crise de imagem, mas patrocinadores mantêm contratos


Marcas mantêm estratégia de Marketing após GP da Alemanha

O episódio envolvendo o piloto Felipe Massa e seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, está em voga também no mundo do Marketing. A repercussão mundial que o caso tomou gerou expectativas entre torcedores e fãs apaixonados pela Fórmula 1 com relação à credibilidade do esporte, ao posicionamento da Ferrari e até ao caráter do piloto brasileiro. Em meio a toda essa confusão estão as marcas patrocinadoras do piloto e da escuderia, que se apressam em dizer que seus contratos e estratégias de Marketing serão mantidos com a equipe e com o piloto.

Shell, Bridgestone, Banco Santander e Guaraná Antarctica, que são algumas das empresas patrocinadoras de Felipe Massa e da Ferrari, seguem com seus acordos normalmente. Porém, resta saber se os consumidores destes produtos, que ficaram indignados com a atitude da escuderia e do piloto diante da TV, continuarão a comprá-los.

Fato é que a imagem do piloto brasileiro está arranhada. No Brasil foram milhões de citações na internet no mesmo dia em que o brasileiro deixou Alonso passar e vencer o Grande Prêmio da Alemanha. Mesmo com uma imagem positiva e contrária à do piloto Rubens Barrichello, até então, será difícil para Massa reverter esta situação, já que sempre esteve imune às críticas no Brasil por apresentar características de combatividade, luta e agressividade dentro do cockpit.

Case de branding
Ao deixar seu companheiro de equipe ultrapassá-lo, Felipe Massa decepcionou seus torcedores. “No esporte isso é difícil de consertar. Se ele tivesse vencido a corrida na Alemanha, marcaria uma posição internamente que seria muito importante para ele. Agora, a Ferrari vai se sentir no direito de pedir o que quiser, porque sabe que ele vai atender”, afirma Flavio Gomes, jornalista da ESPN Brasil, do portal iG, do site Grande Prêmio e da Rádio Eldorado-ESPN, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Crise de imagem. Assim se define a situação de Felipe Massa. Apesar de envolver a escuderia e o esporte, o principal impacto negativo é na imagem do piloto. “Quando isso acontece, o efeito principal é em futuros patrocínios. Foram três marcas impactadas por este fato anti-ético. O maior índice de perda é da ‘marca’ Felipe Massa”, explica Gilson Nunes, especialista em Branding e sócio da Brand Finance e da Superbrands, em entrevista ao site.

Em 2009, a Fórmula 1 protagonizou outros fatos polêmicos, como o piloto Nelsinho Piquet revelando que bateu no muro para ajudar o mesmo Fernando Alonso a vencer um ano antes. Por conta disso, a repercussão do caso envolvendo Felipe Massa obteve dimensões maiores. “O impacto deve ser pior porque é o terceiro caso polêmico em oito anos no esporte. Depois de Rubens Barrichelo e Nelsinho Piquet, foi a vez da Ferrari este ano”, acredita Nunes.

Tudo como antes
Apesar da crítica em relação ao esporte, à escuderia e ao piloto brasileiro, as marcas associadas a Felipe Massa não temem uma possível vinculação de seus produtos e serviços ao episódio. “Patrocinamos a Ferrari e não temos nenhum tipo de ingerência nos assuntos e nas orientações da escuderia”, respondeu o Banco Santander via assessoria de imprensa.

A Shell, fornecedora da Ferrari, também se mostrou imune ao evento ocorrido no último domingo. “A Shell é parceira tecnológica da Ferrari e não tem relação com as decisões tomadas durante a corrida pela escuderia. O papel da empresa é fornecer combustíveis e lubrificantes para os carros da Ferrari e desenvolver as avaliações técnicas da performance dos produtos nas pistas”, escreveu a empresa para o Mundo do Marketing.

Patrocinador de Felipe Massa, o Guaraná Antarctica também manteve seu posicionamento e afirmou ao site que “O apoio ao atleta segue sem alteração”. Já a Bridgestone do Brasil informa que não tem qualquer comentário a fazer em relação ao episódio e que a estratégia de Marketing da empresa no esporte se encerra este mês (julho) como o previsto, assim como o patrocínio ao piloto. “Felipe Massa perdeu a chance de mostrar à Ferrari que já não é mais um garotinho, que tem suas ambições. Abrindo mão da vitória, da disputa, assumiu-se como segundo piloto. Para mudar isso, só com vitórias e grandes atuações, o que será difícil tendo como companheiro de equipe alguém melhor do que ele”, diz Flavio Gomes.

Contornando a crise
Felipe Massa tentou se defender nesta quinta-feira durante uma entrevista coletiva, realizada pela Federação Internacional de Automobilismo, que sempre acontece antes de um novo Grande Prêmio. O piloto afirmou que não é o segundo piloto da Ferrari e que, se fosse, deixaria de competir. “Eu não estou aqui só para correr, estou aqui para vencer. Quando eu disser que eu sou o piloto número dois, então eu não vou correr mais”, disse Massa.

Resgatar a imagem que tinha, no entanto, vai demorar. “Isto não restabelece a confiança nele. Conseguir isso é muito difícil e acontece em longo prazo. A tendência das marcas é não usar mais o nome dele em curto prazo”, salienta Nunes. "Para ter o prestígio de antes, Massa terá que realizar um programa anti-crise e tirar um pouco do peso de si e passar para a Fórmula 1 ou para a Ferrari", completa.

“Existe uma tendência nos modelos de gestão de crise que é o silêncio. Isto não funciona mais. O estrago foi feito e hoje com a internet e as redes sociais o publico não admite este comportamento. Para ser condizente com uma marca de renome como a Ferrari, a melhor atitude é assumir o erro”, aponta o especialista em Branding.

Fonte: Mundo do Marketing