quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Onde abrir lojas no Estado de São Paulo

No maior mercado consumidor do País, supermercados é o que não faltam para servir a população. As principais cidades estão tomadas pelas grandes redes e por empresas locais. Diante disso, é possível falar em expansão no Estado de São Paulo? Segundo os especialistas, sim. Só que a decisão de abrir lojas precisa ser mais cirúrgica. Identificar bons pontos passa por encontrar microrregiões com bom potencial dentro dos municípios.

O tema foi discutido na reportagem de capa da revista Supermercado Moderno de julho, que apontou os Estados com maiores oportunidades de expansão para o autosserviço.

Embora a tarefa de identificar bons pontos num mercado gigantesco como São Paulo não seja fácil, também não é impossível. Para se ter uma ideia, oGrupo Pão de Açúcar abriu 11 lojas no primeiro trimestre deste ano. Desse total, nove foram na capital paulista, todas com a bandeira Extra Fácil. Ou seja, estabelecimentos pequenos inseridos em bairros com alto volume de moradores e destinados principalmente à compra de reposição.

Já o Carrefour optou por comprar 10 lojas da antiga rede Gimenes, no interior de São Paulo. Apesar de não ter sido orgânico, o crescimento demonstra a importância de cidades como Ribeirão Preto, onde ficam quatro dessas unidades. O município está entre os que mais elevaram seu potencial de consumo de bens e serviços neste ano no Estado, segundo dados da consultoria IPC Marketing. No ranking das cidades com maior capacidade de compras do País, Ribeirão saiu da 28ª posição em 2009 para a 21ª neste ano. “Em 2010, observamos uma retomada das cidades maiores, enquanto no ano passado destacavam-se as de menor porte”, afirma Marcos Pazzini, diretor da consultoria IPC Marketing.

Crescimento populacional
Outro indicador para descobrir regiões com bom potencial para abertura de lojas em uma cidade como São Paulo é o crescimento populacional. Levantamento feito pela consultoria Cognatis neste ano aponta que seis regiões da capital deverão aumentar em 40 mil o número total de habitantes até 2013.

Entre esses bairros estão a Barra Funda, na zona oeste (alta de 60%); Vila Andrade, na zona Sul (23%); Vila Leopoldina, na zona oeste (22%); e Tatuapé, na zona leste (21%). “Esse aumento estará concentrado nas áreas próximas aos lançamentos imobiliários”, explica Reinaldo Gregori, diretor geral da Cognatis.

As áreas próximas às obras para ampliação de transporte urbano, como estações de metrô, também devem ser analisadas. Elas atraem grande fluxo de pessoas que podem aproveitar para fazer suas compras se tiverem alternativas de supermercados no local.

Fonte: Supermercado Moderno