domingo, 27 de setembro de 2009

A Ciência do Consumo


Como os homens compram

Andam mais rápido que as mulheres pelos corredores das lojas. Gastam menos tempo olhando. É mais difícil fazê-los olhar algo que não tenham intenção de comprar. Não gostam de fazer perguntas. Objetivos, quando não encontram o que querem vão embora sem pedir ajuda. Preferem obter informações em primeira mão, de preferência através de material escrito, vídeos, displays.
Ao provar uma roupa só não compram se não couber (65% dos homens que provam uma roupa compram). Impacientes, 72% dos homens consultam a etiqueta de preço, por isso podem ser induzidos a um valor de compra médio superior ao das mulheres. Facilmente sugestionáveis, demonstram-se ansiosos para sair da loja, razão pela qual dizem sim para quase tudo. Compram mais besteiras que acabam não usando.
A grande surpresa do estudo feito pelo norte americano Paco Underhill, arquiteto que se especializou na ciência do consumo. Na compra:
Homens são emoção, mulheres razão.Embora ambos valorizem o bom atendimento.
Menos de 25% dos homens fazem compras de supermercado com lista. São mais cordatos com as súplicas das crianças para comprar algo. Adoram engenhocas e tecnologia (foco no processo).

Não apreciam comprar, mas sentem satisfação na experiência de pagar. Querem demonstrar poder, sobretudo quando são atendidos por mulheres.
Como as mulheres compram
Comprar é feminino. Os homens, ao fazerem compras, estão se engajando em uma atividade inerentemente feminina. Calmas, as mulheres andam mais lentamente. Compram com prazer e quase de forma profissional. Olham tudo, comparam, perguntam, provam roupas pelo prazer de provar, não necessariamente comprarão, ainda que fique bem (25% das mulheres que provam uma roupa a compram).
O estudo mostra que 86% das mulheres consultam a etiqueta de preço. Quase todas as mulheres fazem compras de supermercado com lista. As mulheres exigem mais do que os homens dos ambientes de compras. São mais pacientes, indagadoras, gostam de espaços que se revelam gradativamente, não têm pressa. Elas têm aversão por examinar mercadorias exibidas abaixo do nível da cintura (posição dos produtos nas prateleiras).
Conexão perfeita entre ciência, arte, conteúdo,apresentação, ambiente e relacionamento.
Quando compram preferem permanecer em áreas mais preservadas, mas tendo contato visual com o movimento. As mulheres gostam de estudar os produtos antes de comprar, sobretudo se for um produto novo no mercado, existe uma conexão clara entre leitura e compra. E ler leva tempo. E tempo requer espaço. Interessam-se pela utilidade da tecnologia (foco no resultado).
Gostariam de ter a opção de serem atendidas por mulheres em estabelecimentos tipicamente masculinos (ex.: revendas e oficinas de automóveis). Tempo de compra: mulheres juntas: 8min15’; mulher+criança: 7min19’; mulher sozinha: 5min2’; mulher + homem: 4min41’.
Fonte: Paco Underhill – Vamos às Compras, a ciência do consumo, Editora Campus (1999).
www.ogerente.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Variedade excessiva de produtos mais atrapalha do que ajuda

Pesquisa mostra que o consumidor adia sua compra quando defrontado com inúmeras versões de um mesmo produto. O excesso de oferta, dificulta a escolha em vez facilitar. O estudo foi realizado em um supermercado da cidade de Chicago, EUA, pelo psicólogo americano Dan Ariely, autor do livro “Previsivelmente irracional: como as situações do dia a dia influenciam as nossas decisões.

O consumidor é receptivo à variedade quando se trata de degustação, mas reage mal a ela no momento da compra. Em uma loja, Ariely instalou um balcão de experimentação com 24 sabores diferentes de geleias. A oferta chamou a atenção de 60% dos consumidores – 145 de 242 que faziam compras. Em outra ocasião, expôs apenas seis variedades que despertaram atenção de 40% do público – 104 de 260.

Embora a percentagem dos que provaram algumas das geleias não tenha sido tão diferente nos dois grupos, a taxa de compras efetuada foi drasticamente oposta: dos 145 clientes que provaram uma das 24 geleias, apenas 3% adquiriram um pote. Já entre os 104 que experimentaram pelo menos uma das seis opções, 30% realizaram a compra.

Fonte: Supermercado Moderno

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sonorização em ambiente comercial implica pagamento de direito autoral

Hotéis, motéis, restaurantes, lanchonetes, bares, boates, butiques. Não importa qual o segmento do estabelecimento comercial: se transmite obra musical para entreter a clientela, deve pagar direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vem entendendo dessa forma em diversos julgados, tanto que já editou súmula sobre a matéria desde 1992.

A Súmula n. 63/STJ determina: “são devidos direitos autorais pela retransmissão radiofônica de músicas em estabelecimentos comerciais”. Vários são os julgamentos que corroboram esse entendimento.

Antes de 1990, contudo, a Terceira e a Quarta Turma divergiam quanto à matéria. De um lado, a Terceira Turma considerava que a sonorização em ambientes comerciais só acarretaria pagamento de direitos autorais se ocasionasse lucro direto ao comerciante. A conclusão seguiu orientação do ministro Waldemar Zveiter segundo a qual “se a música é elemento substancial, atrativo para a captação de clientela, a cobrança é procedente; se é apenas executada como forma de entretenimento, sem que isso importe especificamente na exploração da atividade-fim do estabelecimento, a cobrança desses direitos se afigura uma demasia”. Vários ministros entendiam nessa linha, a exemplo dos ministros Nilson Naves e Gueiros Leite.

Em outro caso, o ministro Fontes de Alencar afastou a cobrança em relação a uma sapataria no julgamento de um recurso do qual era relator. Para ele, o ramo da empresa era vender sapatos e bolsas, e não executar músicas. “A música não se destaca como uma atração própria, por conseguinte não há obrigatoriedade do recolhimento dos direitos autorais ao Ecad”, afirmou.

Ainda que esse entendimento prevalecesse naquele colegiado, alguns ministros divergiam. Os ministros Cláudio Santos e Eduardo Ribeiro votaram pela cobrança. Para Cláudio Santos, o fato de o afluxo de pessoas, fregueses ou lucro aumentar ou não seria irrelevante: quando a lei fala de lucro indireto, não fala no que pode ser mensurado, mas da vantagem potencial, de um lucro que aquela música podia trazer ao ambiente.

Lucro indireto

Eduardo Ribeiro defendia que, ao transmitir a música em seu estabelecimento, o comerciante está se aproveitando do talento do artista para ampliar seus lucros. O ministro foi mais longe: se o empresário cobra pelo espetáculo ou se os restaurantes exigem couvert artístico, há lucro direto. Se a música é ambiental, visando tornar o local mais agradável, o lucro é indireto. Para ele, o objetivo do comerciante é aumentar a clientela.

A Quarta Turma, por unanimidade, era favorável à cobrança. O ministro Barros Monteiro defendia que o uso da música era para, não só tornar o ambiente mais agradável, mas captar clientela. O ministro Bueno de Souza afirmou que o fato de a empresa radiofônica já ter pago ao Ecad não autorizava ao usuário do aparelho receptor difundir, em iniciativa diversa da mera recepção, o som recebido para, a partir daí, tirar algum proveito.

Aí começava a se delinear a unificação da jurisprudência sobre o tema, que ocorreu no julgamento de embargos de divergência do recurso especial apreciado pela Terceira Turma. O ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira foi o relator e definiu: a utilização de música em estabelecimento comercial captada de emissoras de rádio sujeita-se ao pagamento dos direitos autorais.

A súmula foi pensada e editada sem fazer exceções à obrigação. Ainda assim, estabelecimentos comerciais da área de alimentação insistiam na tese de isenção. Em 1997, um hotel do Rio de Janeiro tentava convencer que não deveria pagar direitos autorais ao Ecad pela transmissão radiofônica no restaurante e na área de lazer, O relator, ministro Carlos Alberto Menezes Direito, aplicou ao caso a então recente Súmula n. 63, determinando o pagamento.

A rede de lanchonetes McDonald’s também já buscou se eximir da obrigação. A empresa defendia que a música no estabelecimento era irrelevante para a consecução de suas atividades uma vez que não fornece música, mas sim alimentos. O McDonald’s alegou que uma empresa do porte dela, uma das maiores redes de fast food do mundo, não obtém lucro por meio de eventual transmissão de música, mas sim pela venda de refeições rápidas.

A Quarta Turma, seguindo o voto do ministro Aldir Passarinho Junior, manteve a obrigação com o Ecad já garantida pela Justiça estadual: "qualquer casa comercial que use um fundo musical em suas dependências objetiva aumentar o fluxo de fregueses, proporcionar-lhes entretenimento, estender o tempo de permanência no estabelecimento, tornar o ambiente mais agradável e confortável, inclusive para os próprios funcionários, que têm melhores condições de trabalho e, consequentemente, ampliar os lucros”.

Mais recentemente, a ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, destacou que, a partir de 1998, a legislação passou a conter o que o STJ já vinha decidindo há quase uma década. A Lei n. 9.610/98 – que alterou, atualizou e consolidou a legislação sobre direitos autorais – não considera mais relevante aferir lucro direto ou indireto pela exibição de obra, mas tão somente a circunstância de se ter promovido sua exibição pública em local de frequência coletiva.

A ministra era relatora do recurso interposto pelo Ecad contra uma churrascaria e concluiu ainda: O mesmo raciocínio, portanto, deve ser estendido a restaurantes, já que nenhuma peculiaridade justificaria tratamento diferenciado para essas hipóteses.

E não importa se essa transmissão é feita na área interna do estabelecimento para que sejam garantidos os direitos autorais. O ministro Sálvio de Figueiredo assegura: as casas comerciais que propiciam música aos seus fregueses ficam obrigadas ao pagamento independentemente se a transmissão se dá “seja nas áreas comuns, seja em conferências, congressos, restaurantes, torneios esportivos e outros”.

Em outra ocasião, o ministro Passarinho reiterou essa avaliação: a sonorização ambiental nas áreas comuns do hotel, caso do bar e restaurante nele existentes, enseja o pagamento de direitos autorais.

O entendimento do STJ sobre a transmissão musical pelo comerciante em seu estabelecimento pode ser resumido em uma frase do ministro Eduardo Ribeiro: “Não há mal que o faça, mas é justo que pague por isso”.

EREsp 983
Resp 518
Resp 1297
Resp 63726
AG 938715
REsp 108195
REsp 165729
Ag 677850

Fonte: AASP

Dia Mundial Sem Carro - 22/09.

São graves os problemas causados pelo modelo de mobilidade que privilegia o transporte individual e o automóvel
NO DIA Mundial Sem Carro, 22 de setembro, diversas atividades (programação no site www.nossasaopaulo.org.br) visam chamar a atenção da sociedade sobre os graves problemas causados pelo modelo de mobilidade adotado nas cidades que privilegiam o transporte individual e o automóvel.
Nesse modelo, o trânsito das grandes e médias cidades brasileiras ocupa um tempo precioso de todos os que nelas vivem, estudam e trabalham -o paulistano desperdiça, em média, duas horas e 43 minutos todos os dias nos congestionamentos. Tempo que poderia ser usado para o lazer, a cultura, para namorar, para estar com amigos e familiares.
Não bastasse todo esse tempo perdido, ainda ficamos expostos a um trânsito totalmente poluído, causando tumores e inúmeras doenças respiratórias e cardiovasculares. Estudos da Faculdade de Medicina da USP apontam que, apenas na cidade de São Paulo, morrem, em média, 12 pessoas por dia devido à poluição, encurtando a vida média do paulistano em um ano e meio.
Além do custo em vidas, os impactos operacionais e financeiros no sistema de saúde causados pela poluição são imensos. No mesmo sentido, é importante lembrar que o setor de transportes é responsável por 15% dos gases que causam o aquecimento global e a mudança climática.
O diesel e a gasolina consumidos no Brasil estão entre os piores do mundo, e a indústria automobilística fabrica motores menos poluentes apenas para exportação. Apesar disso, tramita no Congresso um projeto de lei que permite a comercialização no Brasil de carros leves a diesel.
Com a qualidade atual do diesel brasileiro (contendo altíssima quantidade de enxofre) e a tecnologia dos motores que a indústria automobilística utiliza no Brasil, a aprovação dessa lei resultaria na morte adicional de milhares de brasileiros por ano. A inspeção veicular, obrigação dos governos estaduais e dos grandes municípios, ainda está muito longe de cumprir seu papel.
Nos acidentes de trânsito, morrem cerca de quatro pessoas por dia na cidade de São Paulo -44% pedestres, 18% motociclistas, 9% passageiros ou motoristas de autos e 3% ciclistas. Nos últimos cinco anos, o Departamento Nacional de Trânsito teve à disposição R$ 415 milhões (provenientes das multas) para investir em projetos de redução de acidentes. Só R$ 5,3 milhões foram repassados!
Estudo da FGV calcula que a cidade de São Paulo deixa de gerar R$ 26,8 bilhões por ano devido à perda de tempo nos congestionamentos e aos custos totais ligados a acidentes e doenças derivados do trânsito.
Muitos fatores alimentam esses números sinistros. Nosso modelo de desenvolvimento urbano promove enorme desigualdade social, que obriga milhões de pessoas a se locomoverem por grandes distâncias para ter acesso ao trabalho e aos serviços e equipamentos públicos. Vivemos, cada vez mais, um modelo de mobilidade e transporte que oferece todos os incentivos possíveis para a locomoção por meio do automóvel. Enquanto isso, os investimentos em transporte público coletivo continuam se arrastando lentamente.
Bilhões de reais que poderiam melhorar imediatamente o transporte público são gastos em túneis, novas pistas e avenidas que em pouco tempo estarão entupidas (são 800 novos carros por dia nas ruas de São Paulo!).
O governo federal promove incentivos fiscais e creditícios para a indústria automobilística sem a contrapartida de motores menos poluentes e matriz energética mais limpa. Para mudar esse quadro, não faltam exemplos e propostas: dar prioridade absoluta para metrô, trens e corredores de ônibus; estabelecer políticas para facilitar e incentivar a locomoção por bicicletas; melhorar a qualidade do diesel e da gasolina e incrementar o uso de combustíveis mais limpos; comercializar no Brasil automóveis, ônibus e caminhões com a mesma tecnologia menos poluente que a indústria automobilística utiliza na Europa e nos EUA; oferecer segurança para o pedestre, calçadas de boa qualidade, acessibilidade universal para os deficientes físicos, rigor nas leis de trânsito e programas de educação cidadã; implementar inspeção veicular em toda a frota automobilística; redimensionar os investimentos públicos para diminuir a desigualdade social e regional na oferta de trabalho e no acesso a equipamentos e serviços públicos para diminuir a necessidade de deslocamentos.
Cabe à sociedade convencer os governos a priorizar, acima de localizados e poderosos interesses econômicos, a qualidade de vida dos cidadãos.

ODED GRAJEW , 65, empresário, é um dos integrantes do Movimento Nossa São Paulo e membro do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. É idealizador do Fórum Social Mundial e idealizador e ex-presidente da Fundação Abrinq. Foi assessor especial do presidente da República (2003).
Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 19 de setembro de 2009

Interbrand revela marcas globais mais valiosas em 2009

Coca-Cola, avaliada em US$ 68 bi, vence mais uma vez. Google salta da décima para a sétima posição no ranking. Maiores quedas na 10ª edição do estudo estão no setor financeiro


A Coca-Cola é pela décima vez consecutiva a marca global mais valiosa no ranking que a Interbrand divulga nesta sexta-feira, 18. Estimada em mais de US$ 68 bilhões, a marca de refrigerantes mais famosa do mundo, venceu em todas as edições do estudo lançado em 2000.

A IBM, que havia ultrapassado a Microsoft no ano passado, manteve a segunda posição, com sua marca avaliada em US$ 60 bilhões. Em seguida está a empresa de Bill Gates, com US$ 56 bilhões. A G&E se manteve na quarta posição e a Nokia se mostra estável no quinto lugar.

A principal mudança no Top 10, que continua com as mesmas marcas presentes em 2008 apenas com trocas de posição, ficou por conta do McDonald's, que saltou da oitava para a sexta posição, passando Toyota e Intel, estas agora respectivamente nas oitava e nona posições.

O Google, a marca que mais se valorizou no cenário da crise, cresceu 25% passando da décima para a sétima posição avaliada agora em quase US$ 32 bilhões.

Mesmo com a relatividade estabilidade nas dez primeiras posições, a soma dos valores das 100 marcas valiosas ficou neste ano em US$ 1,21 trilhão, 4,6% a menos que a cifra alcançada em 2008. Apesar da baixa, Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand no Brasil, destaca que desde 2000 o valor das cem primeiras colocadas vem crescendo em média 5% ano menos.

O efeito iPod e iPhone ajudou a Apple a chegar pela primeira vez no time da 20 mais valiosas chegando a US$ 15,4 bilhões, 12% a mais do que no ano passado quando era a 24ª. Com US$ 7,8 bilhões, a Amazon teve a segunda melhor cifra de crescimento com 22% e figura pela primeira vez entre as 50 mais valiosas no 43º lugar - foi 62º em 2007 e 58º em 2008. A grife Zara também entrou nas 50 mais, crescendo 14%.

O setor financeiro, por sua vez, monopolizou as maiores quedas de valor de marca ao longo do último ano de crise. Os conglomerados financeiros UBS e Citi perderam praticamente metade do valor mensurado pela Interbrand no ano passado, com quedas de 50% e 49%, respectivamente.

American Express e Morgan Stanley também amargaram pesadas reduções nos valores de suas marcas com 32% e 26% de redução nos valores. Considerando todos os bancos avaliados no estudo, aqueles com ações em bolsa e atuação global (mais de um terço do faturamento fora do país de origem), o valor total de suas marcas recuou de US$ 130 bilhões em 2008 para US$ 78,8 bilhões neste ano, um tombo coletivo superior a US$ 50 bilhões (40%), conta Pinedo.

A lendária marca de motocicletas Harley Davidson, por sua vez, caiu 43% como um reflexo direto da redução do consumo de bens de luxo pela população norte-americana, seu principal mercado, um dos mais impactados pelos efeitos da crise que começou em setembro passado com a quebra do banco Lehman Brothers.

Todas as marcas da indústria automobilística, com exceção da Ferrari que manteve sua cifra, perderam valor nesta edição do ranking Interbrand. Aquelas que apostaram em inovação sofreram menos. "Houve um forte impacto sobre os fabricantes, que deixaram acumular nos pátios das montadoras o que se pode chamar de modelos ultrapassados. O consumidor agora quer carros menores e mais eficientes, movidos a bicombustível", explica o diretor da Interbrand.

Sete novas marcas ingressaram no ranking das 100 mais: Lâncome, Burger King, Adobe, Puma, Burberry, Polo Ralph Lauren e Campbell's. As que deixaram a lista foram AIG, ING, Merryl Lynch, Motorola, Hennessey, Marriot e Fedex.

Fonte: Meio&Mensagem

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Como divulgar produtos com poucos recursos



Segmentar o público é uma boa dica, já que permite direcionar o marketing. Enviar mala-direta para os clientes também funciona


O Amauri Carvas é dono da Fatto a Mano Massas Especiais e quer saber saber como divulgar seusprodutos. “Temos um produto prime, diferenciado do mercado. Gostaria de saber como divulgo meu produto sendo que às vezes o meio de divulgação é uminvestimento caro?”


Os especialistas em inovação do Sebrae Edson Pereira e José Miguel Chaddad responderão ao Amauri Carvas. Segundo Pereira, a “divulgação nunca é investimento caro. É sempre uma aplicação com retorno, principalmente para quem tem produtos como os feitos pela Fatto a Mano. Produtos diferenciados normalmente implicam em públicos diferenciados.”


Segmentar o público é uma boa dica, já que permite direcionar o marketing. O Amauri faz isso. Vende para hotéis, restaurantes e bufês. Com o público-alvo definido, só precisa ser melhor trabalhado. Para isso, o empresário pode aproveitar suas características pessoais para fazer o marketing da empresa. O dono da Fatto a Mano Massas é, por exemplo, comunicativo e gosta fazer contato direto com o cliente.


“O que ele tem que fazer é uma mala-direta, carta que ele possa enviar aos seus clientes, e até visitar um a um, já que a empresa atende a um mercado mais elevado. Vale esse investimento pessoal de fazer um corpo a corpo.”, ensina José Miguel Chaddad.


Já o Edson Pereira orienta a investir em formas baratas de divulgação. “Um catálogo de produtos e quem sabe uma loja virtual”.


Corpo a corpo

Além do site, há que considerar que o Amauri tem um contato direto com o público, em todo lugar onde suas massas são servidas. Melhor divulgação impossível. “Ele tem que veicular de maneira que os convidados saiam de lá com o nome Fatto a Mano registrado, com isso no primeiro momento vão procurá-lo. Para isso, poderia fazer um pequeno mailing, cartão ou até um banner. Isso terá que negociar com o dono da festa.”, explica Chaddad.


O marketing é investimento. Para atingir novos públicos, o Amauri poderia pensar em profissionalizar a comunicação da sua empresa? “Se ele quer fazer com que a massa dele seja conhecida por um público que não o freqüentador do hotel mas de poder aquisitivo e que busque um produto diferenciado, as melhores pessoas seriam as especializadas nessa área de mídia. Isso daria mais visibilidade para a empresa.”, avalia Pereira


Fonte: PEGN

terça-feira, 15 de setembro de 2009

As mulheres mais poderosas e as mais bem pagas do mundo

Ranking da revista Fortune mostra quem são as superpoderosas do mundo dos negócios


Mulheres mais poderosas do mundo*

NOME

EMPRESA

IDADE

Indra Nooyi

PepsiCo

53

Irene Rosenfeld

Kraft Foods

56

Pat Woertz

Archer Daniels Midland

56

Angela Braly

Wellpoint

49

Andrea Jung

Avon

51

Oprah Winfrey

Harpo

55

Ellen Kullman

DuPont

53

Carol Bartz

Yahoo

61

Ursula Burn

Xerox

51

Brenda Barnes

Sara Lee

55

*Revista Fortune


Mulheres mais bem pagas do mundo*

NOME

EMPRESA

REMUNERAÇÃO EM 2008

Safra Catz

Oracle

US$ 42,4 milhões

Linda Chen

Wynn Resorts

US$ 23,9 milhões

Sharen Turney

Victoria's Secret

US$ 20,3 milhões

Wellington Denahan-Norris

Annaly Capital Management

US$ 20 milhões

Andrea Jung

Avon

US$ 19,5 milhões

Ann Livermore

HP

US$ 17,3 milhões

Irene Rosenfel

Kraft Foods

US$ 169 milhões

Candice Bagby

Regions Financial

US$ 15,2 milhões

Patricia Woertz

Archer Daniels Midland

US$ 15 milhões

Indra Nooyi

PepsiCo

US$ 14,9 milhões

*Revista Fortune

Fonte: Época Negócios

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Lojas do Carrefour terão salas de cinema

Ao todo, 200 salas serão construídas nos próximos sete anos. A inauguração da primeira está prevista para janeiro do ano que vem, no Estado do Rio de Janeiro. Uma equipe de engenheiros já está na unidade carioca do Sulacap desenvolvendo os primeiros detalhes da obra. Em abril, será a vez do bairro do Limão, em São Paulo, receber estrutura semelhante.
Segundo o Carrefour Brasil, o objetivo é explorar de maneira mais eficiente as grandes áreas ociosas de seus hipermercados e ao mesmo tempo oferecer lazer aos seus clientes. Os critérios para a instalação das salas de projeção são pontos de venda que precisam de incremento no fluxo de consumidores, tenham espaço ocioso e não possuam centros de compras nas proximidades.
Para viabilizar o projeto, o grupo firmou parceria com a Inovação Cinemas, que será responsável pela construção dos complexos exibidores. Segundo Thierry Perrone, sócio da Inovação Cinemas juntamente com o empresário Adhemar Oliveira, cada unidade terá entre seis e oito salas, totalizando 1,4 mil lugares. "O contrato de locação será diferenciado daqueles realizados com shopping centers e o Carrefour terá uma participação na venda dos ingressos", explica.
Um aporte aproximado de R$ 200 milhões, sendo uma parcela proveniente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), também foi feito para que o projeto pudesse sair do papel.
As salasDe acordo com Perrone, as salas terão formato stadium, projetores de 35 milímetros de última geração, projeção digital (via Rain) e qualidade de programação, com a mesma qualidade oferecida pelas salas de cinema concorrentes. "Queremos democratizar o acesso ao cinema e contribuir para o enriquecimento cultural dos moradores dos bairros onde as salas serão instaladas."
Por enquanto, não foi criado um nome para a nova rede de cinemas, mas a marca Carrefour deverá estar presente, assim como as de possíveis empresas patrocinadoras. Os investidores garantem que os preços serão bons e o estacionamento, gratuito.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pão de Açúcar aposta em tecnologia para reduzir custos e conhecer o cliente

Batizado de "O Futuro do Varejo" pela empresa, o programa prevê o investimento de R$ 150 milhões em três anos e inclui troca de equipamentos, substituição de sistemas de gestão e criação de novos serviços. A força de trabalho envolvida nessas tarefas reúne quase 500 pessoas e inclui tanto o efetivo da divisão de tecnologia, de 300 profissionais, como um time adicional de quase 200 pessoas orientadas a um projeto específico, com o qual o Pão de Açúcar espera mudar seu relacionamento com os clientes.

Joaquim Dias Garcia e Alexandre Vasconcellos, executivos de TI (Tecnologia da Informação) do Grupo, estão à frente do processo de transformação tecnológica. Segundo eles, até 2011, a companhia planeja substituir seu parque de 10 mil computadores por "thin clients", terminais que não têm disco rígido. Todos os programas e dados ficam armazenados na rede da empresa. Serão 3,5 mil máquinas este ano, o mesmo número em 2010 e mais 3 mil em 2011. Como os "thin clients" consomem menos energia, a previsão é de uma economia de R$ 4,5 milhões em energia elétrica no ano que vem, chegando a R$ 15 milhões em 2013.
A empresa também começa a adotar uma norma que prevê o uso de equipamentos sem chumbo, entre outras substâncias consideradas perigosas ao ambiente; e limitou o número de impressoras nos seus escritórios a uma máquina por andar. A cópia só é feita quando o usuário digita sua senha na impressora. Uma forma encontrada para impedir o desperdício de papel e de suprimentos, como toner.

Em janeiro, o Pão de Açúcar completou o processo de migração de seu programa de gestão substituindo um sistema construído dentro de casa por software da alemã SAP. Com a mudança – um produto de mercado em vez de um próprio –, o Pão de Açúcar facilita o processo de integração com o Ponto Frio, adquirido em junho, e garante a chamada retaguarda ou "fundo de loja", que engloba uma longa lista de funções, principalmente de caráter financeiro.
Hábitos do consumidorUma estrutura capaz de coletar informações detalhadas sobre os hábitos de consumo e orientar as ações da empresa também está sendo montada. Chamado de Oracle Retail – uma referência à americana Oracle, fornecedora do software escolhido –, o projeto tem três etapas de trabalho
Fonte: www.sm.com.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Coca-Cola não precisa alterar sua publicidade

O Ministério Público paulista levou mais um tombo na cruzada contra a Coca-Cola por conta dos riscos de obesidade pelo consumo exagerado de refrigerantes. O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, na quinta-feira (3/9), pedido do MP para obrigar a empresa a alterar sua política de marketing e publicidade. A turma julgadora entendeu que o Judiciário não pode interferir no regime de mercado, sob pena de seu ato ferir o princípio da livre iniciativa.

Empenhado na guerra jurídica que tem como alvo a Coca-Cola, o Ministério Público argumenta que seu objetivo é apenas proteger crianças e adolescentes dos riscos da obesidade. Na Ação Civil Pública, o MP pede a proibição da venda de refrigerantes para menores. Sustenta que é movido pela inércia do Estado, que não regulamenta o consumo e a publicidade desse tipo de bebida. E reclama do Judiciário medidas para restringir o comércio do produto.

A 4ª Câmara de Direito Privado, por unanimidade, entendeu que não se pode substituir o desleixo e a negligência do Estado por decisões judiciais, como se a proibição de comerciais fosse capaz de refrear a corrida de crianças e adolescentes às latas e copos de refrigerantes. Para a turma julgadora, haveria nesse projeto uma incursão indevida no domínio econômico. Seria aberto um precedente perigoso para a segurança jurídica.
“O refrigerante em excesso engorda, como engordam o chocolate, o macarrão, a pizza, o cachorro-quente, a bolacha, a batata chip, as balas, sorvetes e guloseimas e tantos outros produtos que são deliciosos e do gosto da maioria, especialmente das crianças”, afirmou o relator, desembargador Ênio Zuliani. Segundo ele, nem os adultos resistem aos pecados da gula quando se vêem diante de salgadinhos, pães, queijos amarelos, patês, vinhos e cervejas.
“Será preciso constar das embalagens de tais produtos que o consumo é prejudicial à saúde?”, pergunta Zuliani. Para o desembargador, a resposta é negativa. De acordo com ele, os produtos que fazem subir os números da balança e oscilar as medidas das cinturas já são de conhecimento público e dispensam anúncios extravagantes. “Eles [os números do peso e da cintura] não caem com estardalhaço, mas, sim, com campanha educativa”, completa o relator. Para ele, é a educação quem dita as regras e estabelece metas de consumo inofensivo.
O pedido do Ministério Público foi apreciado em primeira instância pelo juiz Luiz Beethoven Giffone Ferreira, da 18ª Vara Cível Central da Capital. Ele rejeitou a Ação Civil Pública, com o fundamento de que não caberia à Justiça intervir na atividade privada, por meio do cerceamento publicitário. Insatisfeito, o Ministério Público recorreu da sentença.
O MP sustentou que a empresa deve mudar seu marketing, tirando de seus anúncios a publicidade dirigida às crianças e adolescentes. E, se for o caso, de ser forçada a anunciar advertência sobre os malefícios do consumo de bebidas com açúcar para a saúde, nos moldes das campanhas de bebidas alcoólicas e de cigarros.
O Tribunal de Justiça afirmou que não se justifica a restrição ao marketing do fabricante, impedindo campanhas publicitárias para o público infantil. Uma atitude desse naipe por parte do Judiciário equivaleria à censura. No entendimento dos desembargadores que apreciaram o recurso do Ministério Público, seria mais sensato exigir investimentos voltados para a educação e para o consumo racional de alimentos e bebidas.
Ainda de acordo com o TJ-SP, pais e educadores deveriam ser envolvidos nessa campanha, pois esses conhecem os riscos do consumo de refrigerantes e poderiam orientar seus filhos e alunos dos perigos da obesidade. “Portanto, se as crianças não possuem discernimento para decidir, porque censurar o marketing de refrigerantes?”, questionou o desembargador Ênio Zuliani.
O desembargador lembrou que no final de agosto 24 empresas, entre elas McDonalds, Coca-Cola e Kellogg’s assumiram compromisso perante a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de não mais fazerem publicidade voltada para crianças de 0 a 12 anos em programas de televisão em que a audiência desse público seja igual ou superior a 50%.
“O Estado não condena a comercialização de bebidas e permite que se ofereçam opções como o light e diet, de modo que o livre arbítrio continua sendo senhor da decisão a ser tomada e executada e não convém que o juiz regulamente o setor e estabeleça novos parâmetros de comercialização de um produto que não teve sua nocividade reconhecida, tanto que sequer se cogita de sua exclusão como produto aprovado para consumo”, completou o Zuliani. O julgamento contou com a participação dos desembargadores Maia da Cunha e Teixeira Leite.
Apelação 566.275.4/7-00
Fonte: Consultor Jurídico