sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Pensando em abrir um negócio? Veja como calcular lucratividade e rentabilidade

SÃO PAULO - No mundo do empreendedorismo, muito se fala sobre a lucratividade dos diversos tipos de negócios existentes.Entretanto, de nada adianta o empreendimento ser lucrativo, se não é rentável. Sem rentabilidade, não é possível recuperar o investimento inicial. Veja abaixo como saber se um negócio é lucrativo e rentável.Como calcular a lucratividade mensalPara obter a lucratividade de um negócio, o empreendedor precisa dividir o lucro líquido pelo faturamento. Confira no exemplo abaixo, elaborado por consultores do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas):

Faturamento bruto mensal = R$ 25 mil
Lucro líquido = R$ 1.250
Cálculo (lucro líquido ÷ faturamento bruto mensal): R$ 1.250 ÷ R$ 25 mil = 0,05 = 5%
Portanto, o lucro líquido equivale a 5% do faturamento. Em outras palavras, a lucratividade mensal do negócio é de 5%.
Como saber se o negócio é rentável. Com o valor total do investimento inicial em mãos, o empreendedor deve dividir o montante pelo resultado estimado do fluxo de caixa anual. Assim, obtém-se a taxa de retorno do investimento anual, ou a rentabilidade anual.Confira o exemplo, que leva em conta o resultado final do fluxo de caixa de um ano:

Investimento inicial = R$ 80 mil
Resultado final do fluxo de caixa anual = R$ 3,2 mil (média de 12 meses)
Cálculo (resultado do fluxo de caixa anual ÷ investimento inicial total): R$ 3,2 mil ÷ R$ 80 mil = 0,04 = 4%
A conclusão é de que a rentabilidade anual do empreendimento é de 4% ao ano. Ou seja, trata-se de um bom negócio, já que é rentável. Agora, basta calcular o prazo de retorno do investimento inicial, dividindo o montante investido pelo resultado médio mensal do fluxo de caixa. Acompanhe no exemplo do Sebrae:

Cálculo: R$ 80 mil ÷ R$ 3,2 mil = 25 meses.
Isso significa que, em pouco mais de dois anos, o investimento inicial seria recuperado, de forma que se trata de um negócio de fato atraente!
Fonte: InfoMoney

Lições da passarela



O que as escolas de samba têm a ensinar ao seu negócio




Ilustrações: Negreiros


Esqueça - pelo menos por agora - os gurus da administração. Se você estiver em busca de exemplos para gerir seu negócio, é hora de mirar-se no carnaval do Rio de Janeiro. "As escolas de samba preparam os desfiles da mesma forma com que as empresas lançam seus produtos", diz o professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo Tales Andreassi. Como em qualquer empreendimento bem sucedido, falta de profissionalismo não tem vez. "Não estamos na avenida a passeio", confirma o presidente do conselho de carnaval da Mangueira, Celso Rodrigues.
Se você também não entrou no mercado só por divertimento, confira três lições que a passarela tem a ensinar.

1>>>AVALIE SEU DESEMPENHO- Sem uma boa dose de autocrítica é impossível aprimorar um produto. Mal passa a quarta-feira de Cinzas e muitas escolas começam os preparativos para o carnaval seguinte com uma avaliação de desempenho. Todo ano, cerca de 20 integrantes da cúpula da Mangueira assistem ao vídeo do desfile poucos dias depois da divulgação dos resultados. "Preparamos relatórios com o que funcionou e o que temos de aprimorar", diz Rodrigues. Para o carnaval de 2009, por exemplo, a agremiação, depois de amargar o décimo lugar no ano passado, decidiu aumentar de cinco para nove a quantidade de ensaios de rua com o objetivo de melhorar a organização das alas.
"Mesmo se fôssemos campeões, teríamos que mudar para vencer outra vez", afirma ele. A estratégia vale para qualquer empreendedor, por mais bem sucedido que seja. Muita empresa derrapa justamente por se recusar a mexer no time que está ganhando. A Sony, por exemplo, foi por décadas líder do mercado de aparelhos de som de uso pessoal, graças à invenção do walkman, mas demorou para dar-se conta da revolução digital e hoje se esforça para recuperar o terreno perdido para o iPod, da Apple. Na tentativa de evitar tropeços semelhantes ao da multinacional, a diretoria da Mangueira analisa as apresentações da concorrência. Para o desfile de 2009, fisgou o carnavalesco Roberto Szaniecki, duas vezes vice-campeão pela adversária Grande Rio nos últimos três anos.

2>>>APOSTE NA INTERATIVIDADE - A Mangueira recebeu pela internet 200 e-mails com sugestões para o enredo de 2009. De um deles saiu o escolhido para este ano, baseado no livro O Povo Brasileiro, do antropólogo Darcy Ribeiro. Na quadra da Vila Isabel, um internauta sugeriu - e emplacou - a criação do banheiro "terceira opção", destinado a gays, transexuais e quem mais preferir evitar o sanitário masculino ou feminino. "Muitas vezes, vejo as sugestões dos internautas e penso: por que não pensamos nisso antes?", diz o presidente da escola, Wilson Vieira Alves. Os exemplos ilustram a importância da internet na captação das ideias do público. "É um canal tão ou mais essencial que qualquer outra ação de comunicação", diz o professor de marketing da ESPM João Matta. Ciente disso, Alves afirma fazer questão de responder a todos os e-mails recebidos, "por mais absurdos que sejam". E dá um exemplo: "Já me pediram até para trazer a Gisele Bündchen como rainha da bateria. Eu disse que também gostaria muito, mas seria impossível".
Com a prática, a escola supera a maioria das empresas, geralmente adeptas das respostas-padrão automáticas - isso quando não ignoram totalmente o cliente. Então, o que é possível aprender com os sambistas? "Quem personaliza os e-mails tende a ganhar a fidelidade do consumidor", afirma Matta. Na visão do especialista, o site da Vila Isabel também ganha pontos ao dizer "Fale com o presidente", em vez do tradicional "Fale conosco", comum no mundo corporativo. Na mesma linha, a Grande Rio tem o "Fale com o carnavalesco". A lição: quanto mais pessoal a comunicação com o público, melhor.
3>>>AFINE A COMUNICAÇÃO INTERNA- Durante os desfiles da Grande Rio, o vice-presidente, Milton Perácio, e o diretor geral de harmonia, Dudu Azevedo, trocam informações e dão ordem por rádio a seis chefes de setor com o objetivo de impedir que a escola perca pontos por deslizes, como a superação do tempo máximo permitido no sambódromo ou a formação de "buracos" nas alas. Nas empresas, a lógica é a mesma. Por mais bem planejado que seja, dificilmente um projeto dá certo sem comunicação afinada entre a equipe. "A gente tem que se falar sempre para não perder a visão do todo", diz o presidente da agremiação, Helinho de Oliveira.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rede varejista Casas Bahia inaugura loja online


A maior rede varejista do Brasil inaugurou neste mês sua loja online. Conhecida pelos carnês de parcelamento e por dominar consumidores das classes D e E, a rede terá como desafio desenvolver uma ferramenta online que possa atender aos clientes "desbancarizados", ou seja, aqueles que não possuem conta em banco, segundo avaliam consultorias. Obstáculos à parte, a chegada do grupo deve impactar positivamente o setor e fazer bem aos números do e-commerce brasileiro, informa o site IT Web.
Conforme revelou Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), nos últimos meses, as classes que mais crescem no e-commerce brasileiro são a C e D, também integrantes do foco das Casas Bahia. "Já vínhamos observando crescimento acelerado de famílias com renda de até R$ 3 mil no e-commerce", observa. "Esse surgimento de consumidores foi um dos motivos para as Casas Bahia entrarem. Eles perceberam a migração do público", completa.
A rede varejista informou que já vinha trabalhando no projeto de comércio eletrônico há três anos e, talvez, como observou Rolim, essa espera pode ter relação com a movimentação do mercado e a mudança no perfil dos consumidores. Os meios de pagamento - 70% das pessoas que compram pela internet pagam com cartões de crédito - também devem ter pesado na decisão. Haveria uma forma de digitalizar o carnê que popularizou a rede? A loja virtual oferece como opções: cartão de crédito, débito e boleto bancário.
Para o e-commerce brasileiro, além de aumentar a concorrência, melhorando a questão das promoções online, a chegada das Casas Bahia pode impulsionar essa tendência de classes de menor renda aderir ao comércio eletrônico.
Projeções
Apesar da crise e de todas as incertezas que pairam nas sociedades por todo o mundo, a expectativa, segundo a Câmara-e.net, é que o comércio eletrônico cresça 30% em 2009, atingindo um faturamento bruto de R$ 10 bilhões. Em 2008, o setor encerrou com avanço de 35% ante 2007. A empresa entende que há uma grande janela de crescimento para o e-commerce, já que, em relação ao comércio físico, o faturamento ainda é pequeno.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

A força de uma marca

Quem atua como operador do Direito sempre está sujeito a sucessivos sustos às sentenças e decisões do Judiciário, por vezes hilárias. Contudo, também nos surpreendemos com as estratégias formuladas por advogados a fim de exonerar as marcas, seus titulares, de ações trabalhistas e fiscais.Recentemente, em uma venda de marca, cuja empresa detentora possuía dívidas trabalhistas, um julgado do Superior Tribunal de Justiça transferiu a responsabilidade dos débitos ao comprador da marca. Estaria perfeitamente claro se a venda tivesse ocorrido durante o trâmite processual, denotando fraude contra os credores, mas se a transação ocorreu antes do inicio do litígio, não vejo como esta transferência de responsabilidade possa ser correta. Tal sentença não estaria contra preceitos constitucionais, ato jurídico perfeito, direito adquirido e a segurança jurídica?Mais uma vez, e não me canso de ratificar, a marca é o maior patrimônio de qualquer empresa. Há alguns anos, escritório da Cone Sul Marcas e Patentes, teve a oportunidade de participar da avaliação da marca Stella Barros em seu processo da massa falida. Nos anos 90, esta marca estava no seu apogeu, ninguém ia à Disney Word se não por meio da Stella Barros Turismo. Todavia, por percalços administrativos, nos mais tarde a empresa estava falida e desacreditada no mercado, ninguém mais queria ser seu usuário. Os protestos eram inúmeros e a sua falência foi requerida.Pode-se imaginar que a marca tenha sido totalmente destruída, mas não foi o que aconteceu. O Síndico da massa falida, pretendendo angariar recursos financeiros, pôs a marca à venda. Ela foi avaliada e vendida por R$ 90.000,00. É pouco para uma marca deste gabarito? Possivelmente sim. Mas qual é o bem que está completamente destruído, ninguém querendo mais ouvir falar dele, e ainda consegue faturar este valor? Com certeza somente as marcas podem fazê-lo. Quem a adquiriu precisou guardá-la por um certo período, iniciou suas atividades modestamente, e pode se tornar tão ou mais fortes que antes. Que maravilha!Ainda existem aqueles que compram marcas com imagem maculadas, para se assegurarem que nunca mais voltarão ao mercado como seus concorrentes, tudo é uma questão de estratégia empresarial. Recentemente, tomar conhecimento da volta ao mercado da Mesbla e do Mappin, marcas que estão armazenadas indelevelmente na mente e no coração da geração Jovem Guarda, empresas que eram verdadeiras potências, foram as primeiras lojas de magazine onde podia-se encontrar de tudo e um pouco mais. Mas faliram ou as fizeram falir, não importa, o importante é que estão de volta, para a felicidade dos consumidores, mediante estratégias engenhosas dos advogados e um problema enorme para o Judiciário. Mas, assim é o mundo jurídico, tem-se saída para tudo.Refletindo sobre o reaparecimento destas marcas, fica a dúvida: o consumidor ainda é o mesmo? E a função social da marca? Será que o consumidor, agora, muito mais exigente, que se preocupa com a ecologia mundial, com a procedência social da marca e que prima pela ética, ou será que tanto faz? Será que não importa os trabalhadores que tiveram seus empregos negados, seus direitos esquecidos? Conseguirão essas marcas se perpetuar no tempo, a ponto de superar todas as divulgadas jurídicas e sociais e voltar a assumir seus antigos postos no rol das grandes marcas? É esperar para ver.O fundamental de todas estas histórias é que o empresário tenha consciência cada vez maior do valor patrimonial de sua marca, que jamais se esqueça de sua responsabilidade sobre a imagem da marca. Se for positiva poderá levá-lo às alturas empresariais, mas também pode arruiná-lo do dia para a noite. Proteção da marca é também consciência ética.

Maria Isabel Montañés*

Fonte: HSM

Classe média cresce e atinge 53,8% da população

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pelo Centro de Políticas Sociais (CPS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a classe média continuou a crescer no Brasil apesar da crise econômica que assolou a economia mundial no segundo semestre do ano passado.
Entre agosto e dezembro, segundo a FGV, o número de pessoas consideradas de classe média - ou classe C - subiu 3,7% no período, atingindo 53,8% da população. O estudo da FGV considera seis regiões metropolitanas - São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
No método da fundação, é considerado um membro da classe C quem faz parte de uma família com renda mensal média entre R$ 1.115 e R$ 4.807. Faz parte da classe E a família com renda até R$ 804 e são classificados como classe D as que recebem entre R$ 804 e R$ 1.115.
DivisãoAinda de acordo com o estudo, é considerado um membro da classe alta - ou AB - toda a pessoa que reside em um domicílio com renda total acima de R$ 4.807. De acordo com a instituição, este contingente de pessoas também cresceu entre agosto e dezembro do ano passado, atingindo 15,33% da população total das seis regiões metropolitanas pesquisadas.
Desta forma, a divisão de classes, segundo o método da FGV, ficaria assim nas regiões pesquisadas: 53,81 (classe C), 15,33% (classes A e B), 13,18% (classe D) e 17,68% (classe E).
MobilidadeDe acordo com o estudo, que considera o período de 2002 a 2008, a mobilidade de classe foi maior em dois momentos: em 2004 e no ano passado - nos dois casos, o crescimento do PIB foi forte. Estima-se que a expansão do PIB brasileiro em 2008 ultrapasse a marca de 5%, embora a previsão para este ano esteja mais modesta, abaixo de 2%.
Em 2008, cerca de 40% da população que pertencia à classe E havia migrado em direção às classificações C e D, na comparação com os resultados de 2007. De acordo com a pesquisa da FGV, a mobilidade da classe E no ano de 2008 foi maior antes da crise (41,5%), caindo para 39,7% depois de seu início.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

Cross merchandising para driblar a crise

Diante da crise global que envolve os grandes mercados e, mais ainda, com a preocupação e a insegurança gerada pelas previsões negativas sobre o consumo em todo o mundo, o setor supermercadista brasileiro precisa apostar na inovação para manter as vendas e o crescimento do setor. Neste cenário, o cross merchandising se configura como uma grande e atrativa alternativa do segmento. Trata-se de um investimento criativo para incentivar a compra não-planejada pelo shopper.O cross merchandising é definido como o sistema de exposição no qual o produto é exibido em um local diferente de seu ponto natural na gôndola. O alvo do cross merchandising inclui produtos considerados "acessórios", que geralmente não constam na lista básica de compras do consumidor e, por isso, não foram planejados. O principal objetivo do sistema é forçar a lembrança do consumidor por meio de uma exposição diferenciada que pode acontecer de três maneiras distintas.Uma delas, e a mais comum, é caracterizada por avanços de gôndola e cintas clip strip no próprio setor natural de exposição do produto. Neste cenário, as peças têm por objetivo destacar o produto em displays diferentes, que avancem na área normal de exposição, e garantem visibilidade ou mensagens que chamem a atenção do consumidor para o produto na gôndola. Frequentemente, esta exposição tem o poder de atrair o comprador para uma marca específica, que salta aos olhos diante de uma vasta gama de produtos da mesma categoria.Uma segunda opção de cross merchandising é a utilização de displays ou cintas clip strip para exposição de produtos complementares. Ou seja, expor produtos geralmente consumidos juntos, aproveitando um dos itens que sempre estão na lista básica de compras do shopper. Um dos grandes exemplos utilizados é o da maionese exposta ao lado da geladeira de refrigerados, como salsichas e hamburgueres, lembrando o consumidor de que ela é fundamental no sanduíche da família.Estes dois conceitos de exposição têm como objetivo gerar a compra por impulso, afinal, a atenção do consumidor foi tomada por uma peça diferenciada, com design e arte arrojados, justamente para evidenciar o produto e aumentar a expectativa de compra.A terceira grande oportunidade de cross merchandising, e a que gera maior impulsividade na compra, é a exposição do produto em local estratégico. O caixa, ou check out, é, sem dúvidas, o ponto alto do cross merchandising. Enquanto o shopper aguarda sua vez, em uma fila com quatro, cinco ou dez pessoas, há tempo suficiente para observar tudo o que está à sua volta. Neste meio tempo, uma gama de expositores com produtos variados, como chocolates, pilhas e revistas, entre outros, pode ser bastante atraente a quem aguarda o momento final das compras. O fácil acesso a estes produtos também aumenta o convite à compra não-planejada, dando a impressão de que aquele produto, lembrado no último momento, é na verdade indispensável.Este dispositivo estratégico de exposição, colocado próximo aos caixas, foi batizado pelo setor como "papa-fila" e tem tido ótima aceitação por parte dos consumidores. Outra vantagem desta configuração de exibição dos produtos está na conseqüência mais direta: com o aumento das vendas, ganham tanto a rede varejista quanto o anunciante.Atualmente, o papa-fila é uma peça implementada pelo anunciante, como um incentivo ao aumento das vendas de sua própria marca. Neste caso, uma peça bem decorada, chama ainda mais a atenção do consumidor.Porém, existem grandes redes de varejo que já perceberam no papa-fila uma grande oportunidade para geração de compra por impulso, de vários tipos de produtos e marcas. As promoções expostas nesta área da loja também soam muitas vezes como imperdíveis, já que são exibidas no último momento das compras, sem meios de comparação direta com os produtos da gôndola.Há ainda dois motivos especiais: os produtos de venda por impulso são os que garantem maior rentabilidade às lojas e, consequentemente, o cross merchandising pode incentivar a venda dos mesmos, principalmente àqueles que são os primeiros a serem descartados da lista de compras, ou seja, os mais afetados diretamente em momentos de crise. Invista neste conceito de material e avalie os melhores pontos do PDV para implementar o mesmo. Locais inteligentes trarão respostas mais rápidas, rentáveis e efetivas.

Christiany Zanotto Sena

E-commerce movimentou R$ 8,2 bi


Previsão de crescimento para este ano é de 25%, ou seja, um montante de R$ 10,2 bilhões





O ano de 2008 foi prodigioso para o comércio eletrônico brasileiro. Não só pelo expressivo crescimento do faturamento do setor, que bateu na casa dos R$ 8,2 bilhões - número 30% superior ao registrado no ano anterior - mas também porque a confiança do consumidor nas transações online demonstra que o segmento tem cada vez mais credibilidade. Outra prova disso é que o tíquete médio também cresceu e fecha o ano em R$ 325,00.
Atualmente, são mais de 13 milhões de pessoas comprando pela internet e os sinais para os próximos 12 meses são positivos, mesmo com uma possível desaceleração por conta do repasse da alta do dólar nos preços dos produtos importados. A previsão é de que o faturamento tenha uma alta de 25% e atinja R$ 10,2 bilhões em 2009.
Aliás, vale comentar que a crise de crédito que diversos setores enfrentam não afetou o comércio online até o momento. Tanto os resultados das empresas do varejo digital no terceiro trimestre, quanto pesquisas recentemente publicadas, demonstram que as vendas pela internet tornaram-se uma importante válvula de escape para manter o crescimento das empresas do mercado tradicional.
Em um presente onde o consumidor procura por preços mais em conta, melhores condições de pagamento e produtos com mais custo x benefício, é difícil encontrar soluções mais interessantes que a compra pela rede. Tanto que o resultado do natal de 2008 não poderia ser melhor: evolução de 15% no consumo digital contra um porcentual de 11% em 2007.
É preciso ressaltar também que mesmo com a previsão da entrada de 4 milhões de novos consumidores, o tíquete médio deverá se manter estável, já que produtos como informática, celulares e eletroeletrônicos, que colaboraram fortemente para a curva ascendente em 2006 e 2007, deverão sofrer com uma pequena retração nas vendas.
Outro movimento interessante que merece destaque é o fato dos preços dos produtos terem sofrido retração no último ano, o que pode ser confirmado na pesquisa do Instituto Provar, na qual produtos como celulares tiveram uma retração de 19,9% e os bens de informática recuaram 11,8%.
Diversos aspectos devem influenciar o crescimento do comércio eletrônico em 2009, mas reitero que alguns deles farão diferença: as promoções de frete grátis, o parcelamento sem juros e os preços mais competitivos em relação ao varejo tradicional. Por tudo isso, é certo o aumento na freqüência de uso do canal web por parte do consumidor.
Fonte: hsmglobal

Grandes marcas apostam em baixa renda


Empresas direcionam suas estratégias para públicos e desenvolvem produtos especiais para atingir classes C, D e E.


Grandes marcas apresentaram seus cases desenvolvidos para a baixa renda durante o segundo dia da segunda conferência Estratégias de negócios para o mercado de baixa renda, realizada pelo IQPC, de 16 a 18 de fevereiro, em São Paulo (SP).
A Coca-Cola mostrou como, no fim de 2004, retomou as garrafas retornáveis de vidro para colocar o produto à disposição deste público. "Esse produto voltou focado neste consumidor. A gente teve o cuidado de saber onde ele estava para poder disponibilizá-lo", disse Antonio Vitorino, gerente de desenvolvimento de canais da Coca-Cola Femsa.
O produto foi colocado à venda nos mercados de bairro, onde os consumidores de baixa renda costumam fazer suas compras. Por meio de pesquisas, a fabricante de refrigerantes viu que Coca-Cola é tido como um produto de "luxo" por essa classe econômica. "Coca-Cola serve para ele receber uma visita em casa, quando quer ser agradável", explicou Vitorino.
A TIM também percebeu a oportunidade e entrou na telefonia fixa para explorar esse mercado que está insatisfeito com as opções disponíveis. "Com pesquisa identificamos que os atributos mais importantes para o consumidor são melhor atendimento e simplicidade no produto", explicou Luciana Marques, gerente de pesquisa e inteligência competitiva da TIM.
Na última terça-feira (17/2), o evento ainda contou com palestras de Marcelo Coutinho, do Ibope Inteligência, Mario Narita, da Narita Design, e de Emerson Duran, da Redecard.
Fonte: hsmglobal

ISO 31000: A nova era da gestão de riscos começa em outubro

A partir de outubro de 2009 corporações dos mais diversos portes e segmentos contarão com uma norma universal voltada especificamente à Gestão de Riscos. Batizada de ISO 31000: Principles and guidelines for risk management, a nova série de orientações da International Organization for Standardization (ISO) surgiu da necessidade de harmonizar padrões, regulamentações e frameworks publicados anteriormente e que de alguma forma estão relacionados com a gestão de riscos.

A origem da norma, que pode ser aplicada por empresas ou indivíduos e fornece diretrizes para implementação de gestão de riscos em organizações de qualquer tipo, tamanho ou área de atuação, vem da necessidade das corporações de lidar com as incertezas que podem afetar os seus objetivos. Estes objetivos podem estar relacionados com várias atividades da organização, desde as iniciativas estratégicas como as atividades operacionais, processos ou projetos. Assim, a norma pode ser aplicada aos vários tipos de riscos ligados aos diferentes setores da organização, tais como financeiro e de projetos, bem como à área da saúde, entre outros, incluindo a visão moderna de que risco também é oportunidade.

Até agora, porém, a falta de um consenso em relação à terminologia e aos conceitos utilizados para a gestão de riscos faz com que as organizações enfrentem dificuldades em integrar as suas diferentes funções e atividades relativas ao assunto. O resultado mais comum dessa equação é que a gestão de riscos acaba sendo tratada de forma isolada, ocasionando muitas vezes a geração dos chamados silos ou ilhas departamentais, o que ocasiona a utilização de terminologias, sistemas, critérios e conceitos diferentes para cada uma das áreas da empresa.

Por conta disso, o grande desafio no desenvolvimento da ISO 31000 estava em estabelecer uma linguagem comum, bem como padronizar as melhores práticas e abordagens para que as organizações possam implementar a gestão de riscos em seus processos. Por se tratar de uma proposta de convergência alinhada com a visão integrada de ERM (Enterprise Risk Management), a nova norma não concorre com outras orientações já existentes como a ISO/IEC 27005 - norma técnica específica de gestão de riscos em segurança da informação -, fornecendo orientações e alinhamento com outros conjuntos de regras específicos.

Da mesma forma que as normas ISO 9000 na área da Qualidade e a ISO 14000 na área de Meio Ambiente tornaram-se referências para adoção e implementação da gestão destes temas nas organizações, a partir do lançamento da ISO 31000 os países passarão a contar com uma norma de gestão de riscos com reconhecimento internacional. Neste cenário, o Brasil, através da Comissão de Estudo Especial para Gestão de Riscos da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), promete caminhar na liderança deste movimento. A versão brasileira da norma está sendo desenvolvida com o apoio de especialistas em gestão de riscos de várias empresas no país para atender às necessidades específicas do mercado nacional e deverá ser lançada quase que simultaneamente à versão original.

Por Alberto Bastos - www.administradores.com.br