quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Rede varejista Casas Bahia inaugura loja online


A maior rede varejista do Brasil inaugurou neste mês sua loja online. Conhecida pelos carnês de parcelamento e por dominar consumidores das classes D e E, a rede terá como desafio desenvolver uma ferramenta online que possa atender aos clientes "desbancarizados", ou seja, aqueles que não possuem conta em banco, segundo avaliam consultorias. Obstáculos à parte, a chegada do grupo deve impactar positivamente o setor e fazer bem aos números do e-commerce brasileiro, informa o site IT Web.
Conforme revelou Gerson Rolim, diretor-executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), nos últimos meses, as classes que mais crescem no e-commerce brasileiro são a C e D, também integrantes do foco das Casas Bahia. "Já vínhamos observando crescimento acelerado de famílias com renda de até R$ 3 mil no e-commerce", observa. "Esse surgimento de consumidores foi um dos motivos para as Casas Bahia entrarem. Eles perceberam a migração do público", completa.
A rede varejista informou que já vinha trabalhando no projeto de comércio eletrônico há três anos e, talvez, como observou Rolim, essa espera pode ter relação com a movimentação do mercado e a mudança no perfil dos consumidores. Os meios de pagamento - 70% das pessoas que compram pela internet pagam com cartões de crédito - também devem ter pesado na decisão. Haveria uma forma de digitalizar o carnê que popularizou a rede? A loja virtual oferece como opções: cartão de crédito, débito e boleto bancário.
Para o e-commerce brasileiro, além de aumentar a concorrência, melhorando a questão das promoções online, a chegada das Casas Bahia pode impulsionar essa tendência de classes de menor renda aderir ao comércio eletrônico.
Projeções
Apesar da crise e de todas as incertezas que pairam nas sociedades por todo o mundo, a expectativa, segundo a Câmara-e.net, é que o comércio eletrônico cresça 30% em 2009, atingindo um faturamento bruto de R$ 10 bilhões. Em 2008, o setor encerrou com avanço de 35% ante 2007. A empresa entende que há uma grande janela de crescimento para o e-commerce, já que, em relação ao comércio físico, o faturamento ainda é pequeno.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios