quarta-feira, 4 de abril de 2012

Doze passos para um lançamento de sucesso

Não é de hoje que os supermercadistas se desdobram para identificar os lançamentos, que realmente valem à pena introduzir no sortimento de suas lojas. Cada empresa tem o seu critério, mas essa não é uma definição fácil. Tanto que a consultoria Nielsen criou uma metodologia – a Nielsen Bases – para avaliar as chances de sucesso de um novo produto. É verdade que a ferramenta foi desenvolvida mais para uso dos fabricantes, mas alguns pontos utilizados por ela podem ajudar o varejo.

Um bom motivo para prestar atenção aos critérios é que, segundo levantou a consultoria, a metodologia avaliou no Brasil 430 conceitos de produtos nos últimos quatro anos. “Desse total, 54% apresentaram probabilidade de fracasso, 19% foram considerados arriscados e apenas 27% prontos para serem lançados”, conta Chris Adrien, vice-presidente da Nielsen Bases, durante o evento Mudanças no Mercado Brasileiro 2012, realizado em São Paulo, em março último.

Segundo o executivo, embora o percentual de produtos destinados ao sucesso seja pequeno, não foge do que acontece em outros países. “A diferença está nos entraves encontrados no Brasil. Os dois maiores problemas entre os lançamentos são: 1) eles normalmente não atendem novas necessidades no consumidor e 2) a comunicação dos benefícios não atrai o público para os diferenciais, quando eles existem”, explica.

Esses dois pontos fazem parte do conjunto de 12 passos seguidos pela Nielsen na hora de avaliar a probabilidade de sucesso de um lançamento. Antes de conhecê-los, tenha em mente que o novo produto não precisa atender 100% todos eles, mas precisa estar bem posicionado em critérios de maior peso, como inovação, credibilidade e entregar o que promete.

Com isso em mente, vamos aos 12 passos:

1. Ser realmente inovador: significa criar um novo conceito, que, muitas vezes, pode iniciar uma nova categoria. De acordo com Adrien, foi o que fez o energético Red Bull quando chegou ao mercado

2. Ser atraente: é preciso chamar a atenção do consumidor, se destacar na gôndola em meio aos demais concorrentes

3. Conectar o consumidor com o produto: criar formas de aproximar o público da proposta do lançamento

4. Mensagem clara: nas comunicações com o conumidor, transmitir os benefícios e diferenciais dos produtos de maneira simples e fácil de entender

5. Atender necessidades: não adianta ter um conceito maravilhoso, se o produto não oferece algo que seja do interesse do consumidor

6. Ser melhor: o lançamento precisa superar o que já existe no mercado. Um exemplo citado pelo executivo da Nielsen Bases é o Mach 3, que barbeia, mas se apresentou como algo diferenciado ao ser lançado

7. Ser crível: o novo produto precisa ter credibilidade, ser referência de qualidade

8. Ser bem-aceito: não pode haver limitação ou algo que dificulte a compra do produto

9. Ser encontrado: diz respeito à distribuição e à exposição dentro dos supermercados. O produto precisa ser facilmente localizado por quem o procura

10. Custo aceitável: esse item diz respeito mais à indústria, mas a questão é simples. As despesas de produção não podem ser exorbitantes de forma que prejudiquem vendas e lucro. (Um efeito no varejo seria a necessidade de praticar preços finais muito altos)

11. Entregar o benefício que promete: o novo produto precisa funcionar. “Se o lançamento fizer certas promessas, precisa cumprir”, diz Adrien, lembrando que esse é um dos pontos de maior importância para o sucesso de um lançamento

12. Conquistar a fidelidade do consumidor: esse item se refere principalmente a ter uma marca forte, sempre lembrada e desejada pelo público

Por: Alessandra Morita - 04/03/2012 (Supermercado Moderno)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dez erros que podem levar qualquer empresa à falência

O cenário econômico em 2012 sugere cautela e cuidado ao pequeno empresário, principalmente se a crise na Europa desembarcar no Brasil. Por isso, é preciso controlar como nunca as finanças do seu empreendimento. E mais do que isso: o empresário precisa ter atenção total aos erros que podem levar qualquer empresa à falência, principalmente em um momento onde a economia - ao que tudo indica - não ajudará tanto assim os pequenos negócios.
Pensando nisso, o Estadão PME consultou o Sebrae de São Paulo para elaborar uma lista de erros triviais e perigosos que podem - isoladamente ou em conjunto - contribuir para o fechamento de um negócio de pequeno porte.Entre esses erros está a remuneração dos sócios, muitas vezes incompatível com a situação financeira da empresa.
A relação entre os sócios de um negócio, aliás, é sempre delicada. E por isso mesmo requer muito cuidado. Donos da rede de franquias Rizzo Gourmet e também do restaurante Le Marais, os empresários Adriano Bernardes e Fábio Moro dizem ser mais fácil manter a amizade do que a sociedade, mas contam que superam as diferenças porque têm perfis semelhantes. “Na hora de escolher o sócio deve-se avaliar se ele tem o mesmo objetivo, se você conviveria bem com essa pessoa e se ambos chegariam a um entendimento durante uma discussão”, aconselha Adriano.

Conheça os dez erros que podem levar qualquer empresa à falência:

1º erro: confusão

Confundir os gastos pessoais com os gastos da empresa, quase sempre, levam o negócio para o buraco.

2º erro: plano de negócios

Começar uma empresa sem um plano de negócios, na opinião de muitos especialistas, pode ser o primeiro passo para o fracasso.

3º erro: investimento errado

O empresário tem dinheiro, faz o investimento que imagina necessário, mas não leva em conta quais são as reais necessidades operacionais do empreendimento.

4º erro: ausência de controle

O empreendedor não faz o controle de custos e também ignora qual é o volume de compra, de vendas, quais são os níveis do estoque ou a situação das finanças do negócio.

5º erro: capital de giro x prazo de venda

É preciso estabelecer o prazo de venda do seu produto levando em consideração o capital de giro da sua empresa.

6º erro: acumular dívidas

Ter dívidas é sempre ruim no empreendedorismo. Mas ter dívidas e usar recursos emprestados a uma taxa de juros alta para saldar esses débitos é meio caminho andado para o fracasso.

7º erro: análise

Vender em prestações é um artíficio que deve ser usado pelas empresas. Mas cuidado: é preciso fazer uma análise criteriosa a respeito da situação financeira de quem está comprando. Por isso, solicite comprovante de renda, de residência e outros documentos que ajudam você a ter segurança na venda.

8º erro: inexperiência

Se você - ou seu sócio - não conhece a área que pretende atuar é melhor protelar o início da empresa até você descobrir todas as características daquele mercado. Conhecimento é peça chave para o sucesso.

9º erro: remuneração

Outro erro que pode levar ao fracasso da sua empresa é a remuneração dos sócios ser incompatível (leia-se maior) com a situação financeira da empresa (leia-se lucra pouco).

10º erro: conhecimento

O empresário não buscar capacitação constante.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Levantamento do CIEE aponta que, mesmo com reprovação histórica, jovens são a favor do exame da OAB

Em uma enquete realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), a maioria dos estudantes participantes (58%) se posicionou contra o seu fim do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao responderem à pergunta "Qual sua opinião sobre a atual proposta de extinguir o exame da Ordem para que os diplomados em faculdades de Direito possam se inscrever na OAB e, assim, atuar como advogados?", apenas 29% se disseram favoráveis ao término da exigência, enquanto 13% clicaram na opção "Não tenho opinião a respeito".
O levantamento foi feito com 11.491 jovens cadastrados no banco de dados da organização.
Atualmente, os graduados em Direito precisam ser aprovados no exame da OAB, que em sua mais recente edição teve o maior índice de reprovação de sua história, quando nove de cada 10 estudantes foram reprovados.
Esse fato levou muitos profissionais a contestar a legalidade do exame, motivando processo no Superior Tribunal de Justiça pedindo sua extinção e até discussões no Congresso Nacional sobre sua constitucionalidade. 
Fonte: Administradores

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"A propaganda ficou refém e acuada", diz dono da F/Nazca


Gravador na mão, daqueles antigos, que exigiam exercício extra na hora de apertar o "play" e o "rec", o garoto de dez anos preparava um programa para apresentar ao pai, médico, na hora do jantar. O peso da velharia rivalizava com o da lista telefônica, que servia de base para o menino bolar comerciais na fictícia rádio Tranquilidade, "sintonizada" numa casa no Rio de Janeiro.
Estes tinham até trilha sonora, gravada diretamente dos vinis de rock and roll que rodavam na vitrola do garoto tijucano.
Patricia Araújo/Folhapress
O publicitário Fabio Fernandes em sua agência, a F/Nazca, em São Paulo
O publicitário Fabio Fernandes em sua agência, a F/Nazca, em São Paulo
Três anos depois, o rapazinho não teve dúvidas quando se encantou com o personagem James Stephens, que trabalhava numa agência de propaganda no cultuado seriado americano "A Feiticeira". "Vou ser publicitário", pensava, enquanto reescrevia, numa antiga máquina Remington, anúncios retirados das páginas de revistas.
E foi mesmo. Em 1994, criou sua agência, a F/Nazca. A sede fica num casarão, na avenida República do Líbano, em São Paulo. No segundo andar do imóvel, com o parque Ibirapuera de quintal, Fabio Fernandes, 49, conversou com a Folha Top of Mind.
Qual a relação que o consumidor brasileiro mantém com as marcas?
Na maioria das categorias, a fidelidade é baixa. O consumidor tem preferência por uma marca, mas ainda toma decisão de compra na gôndola. Às vezes, vai decidido a comprar uma marca, mas ainda é suscetível ao preço. Existem as marcas, que a gente chama de "lovemarks", que são as do coração. E as que ele deixa dentro do seu radar de consideração.
A Skol é o cliente mais antigo da agência, há quase 15 anos. Como inovar?
É desafiador. Antes da Skol, as campanhas de cerveja eram com artistas, gente se divertindo num bar. Ela era uma marca menor, o desafiante da categoria, terceira ou quarta em volume quando nós começamos a trabalhar com ela. E a Skol tinha que romper esse quadro. Quando você não é o líder, o ideal é refazer, resignificar a categoria. Naquela época, os slogans eram: "a número 1", da Brahma, e "a melhor cerveja do Brasil", da Antarctica. Havia esses dois gigantes, e a Skol era a pequenina que estava vindo. Descobrimos que o consumidor estava achando essa briga entre as duas maiores cervejas muito particular.
Como chegou ao slogan: "a cerveja que desce redondo"?
Perguntávamos para o consumidor quais eram os itens mais relevantes na hora de escolher uma cerveja, desde o sabor forte, potente, até se ela patrocinava shows de rock. Eram cerca de 50. A pesquisa era voltada tanto para o tomador de cerveja em geral quanto para o preferidor de Skol. Para este, o primeiro era a suavidade da bebida. Para o tomador de cerveja, aparecia em 15º lugar. Só que em anos anteriores esse item era menos relevante. Ele foi crescendo. Mas a última coisa que deveríamos dizer é que a cerveja é suave. O consumidor diz isso para gente, mas não quer que devolva para ele. Uma coisa é falar que ela é suave. Outra é ter uma campanha dizendo "beba essa porque ela é levinha". Quando se falou que "desce redondo" fez todo sentido para o cara, mas não o expôs publicamente.
Sente saudade da "guerra das cervejas"?
Neste momento, não tem mais o que rivalizar. Aquele mercado de três ou quatro marcas não vai existir mais. Por isso era tão polarizante. Havia duas marcas que detinham 80% do investimento da categoria. A gente entrou bem na guerra porque de fato a Skol atravessou as duas, Brahma e Antarctica.
Como novas mídias e redes sociais estão influenciando a propaganda?
Já influenciam. É um mercado diferente. A gente não faz só propaganda de TV. Uma agência de comunicação trabalha em qualquer plataforma de comunicação. É uma pena elas terem sido negligenciadas no passado pela força de um meio apenas. Com esse novo equilíbrio, a propaganda se tornou mais excitante. A convergência das mídias para a tela é muito clara. Seja na TV, seja no celular, seja no computador. É um poder na mão do consumidor que ele não tinha antes. Com a rede de amigos, pode destruir a reputação de uma marca. Por outro lado, a indústria tem como monitorar o que se fala dela de forma mais orgânica. Ela consegue estancar um problema de forma mais rápida que no passado.
Existe um estilo próprio da propaganda brasileira?
Acho que sim. Depois da entrada das classes C e D no mercado, a propaganda teve que buscar uma linguagem includente para esse consumidor. Em muitos casos, ela tende a ficar mais popular, no sentido de ser mais compreensível. Outros entendem que falar com a massa sempre foi nossa função e que não podemos simplesmente sucumbir diante da primeira tentativa que não foi bem-sucedida. Diante da incapacidade de criar algum conteúdo relevante para esse consumidor, eles se justificam dessa maneira: "Ah, o consumidor tem nível intelectual, na média, muito baixo, então falo com ele no mesmo nível". Na verdade, isso só está escondendo uma incapacidade de fazer e traduzir coisas mais relevantes.
Há quem diga que a propaganda anda um pouco repetitiva, pasteurizada...
A propaganda no mundo inteiro tendeu para isso. Ficou refém e acuada. Os grupos de direitos mais esquisitos possíveis entram com processo. Vão dizer que se sentem humilhados com tal campanha. Tem muito politicamente correto. Às vezes, você nem percebe que está dando margem a uma interpretação diferente da que imaginou. Hoje, há uma tendência de agências e anunciantes se precaverem demasiadamente. O negócio da propaganda não é mais feito entre agências e anunciantes, voltado para o consumidor. Passa por etapas que não faziam parte antes. Começa a virar algo obsessivo. E o consumidor está mais atento, preocupado, tem acesso a meios que jamais teve.
Existe receita para a boa propaganda?
A melhor propaganda é aquela que se assume como propaganda, a que não tenta enganar o consumidor. Ela vai ser tanto melhor quanto o consumidor reconhecer a marca com aquela história que está sendo contada. Não adianta uma cena linda, engraçadíssima. O consumidor pode até lembrar da marca, mas não faz com que ele goste dela. Não muda o hábito de consumo.
Por que há tanta ira entre os publicitários?
Não sei. Odeio todos eles [risos]. É uma piada. Tem um perfil pessoal que, acho, é parte inerente desse negócio. E ela não é excludente das relações. Às vezes, por você conhecer a maneira de trafegar no nosso mundinho, cria uma aversão àquela pessoa que não admite mais como bom caráter, por ter usado, por exemplo, um artifício esteticamente.
Você é vice-presidente do Vasco. Criou uma campanha para atrair sócios-torcedores. Pensa em fazer o mesmo com um time de São Paulo?
Sou vascaíno, pô. Não existe isso de ter um time em Minas Gerais, na Índia ou na Austrália. Sou Vasco em qualquer lugar do mundo.
Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lacoste quer impedir atirador norueguês de usar marca, diz jornal

A empresa francesa Lacoste teria pedido para a polícia da Noruega impedir que Anders Breivik, o extremista que admitiu ter matado 77 pessoas em julho, use roupas da marca durante seu julgamento, segundo o jornal norueguês Dagbladet.

Breivik foi fotografado usando roupas Lacoste desde que foi preso. Quando foi levado para interrogatório, ele usava um blusão vermelho da marca.

Ele também foi fotografado usando uma malha Lacoste preta.

"Sim, fomos contactados pela Lacoste, mas o que eles pediram permanence entre nós", disse ao jornal o promotor-chefe do caso, Christian Hatlo.

A Lacoste não comentou os relatos de que estaria preocupada com a associação de Breivik com a marca.

Neste mês, a marca americana Abercrombie and Fitch ofereceu dinheiro para que participantes de um reality show da MTV não usassem suas roupas.

A empresa disse que a associação com os participantes, baladeiros e bagunceiros, seria contra a "natureza" da marca e poderia "causar desconforto" para seus fãs.



Fonte: UOL noiticias - BBC Brasil